Brasil deve assumir novo tom no debate sobre programa nuclear do Irã
Alvo de críticas internacionais por apoiar o direito do governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de desenvolver um programa nuclear próprio, o governo brasileiro assumirá um novo tom na próxima semana. Na conversa com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukira Amano, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, deve reafirmar […]
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Alvo de críticas internacionais por apoiar o direito do governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de desenvolver um programa nuclear próprio, o governo brasileiro assumirá um novo tom na próxima semana.
Na conversa com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukira Amano, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, deve reafirmar o apoio aos iranianos, mas vai defender que assumam ações mais transparentes e encerrem as dúvidas em torno de seus projetos.
De acordo com especialistas brasileiros que acompanham o assunto, Amorim vai informar a Amano, de maneira clara e direta, que o apoio do Brasil ao Irã é pelo direito de o país de Ahmadinejad desenvolver programas próprios e com fins pacíficos, sem ameaça de produção de armas nucleares. O chanceler, porém,deve afirmar que discorda da aura de dúvidas e suspeitas que paira sobre o programa nuclear iraniano.
No cargo desde dezembro, Amaro escolheu o Brasil para ser o primeiro país visitado na América do Sul. Em seguida ele irá para a Argentina. Amano ficará no Brasil na segunda-feira (22) e terça-feira (23), e visitará as usinas de Resende e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
O diplomata japonês, de 62 anos, substitui o egípcio Mohamed El Baradei. O egípcio em conjunto com a agência receberam o Prêmio Nobel da Paz, em 1995, por seus esforços para evitar que a energia nuclear seja usada para fins militares e para assegurar a utilização para fins pacíficos de maneira mais segura possível.
Ao assumir a função há três meses, o diplomata japonês foi duro com o Irã. Para ele, é necessário assumir uma posição “mais firme” no que diz respeito à controvérsia sobre o programa nuclear do Irã. Ele prometeu que seria “imparcial, confiável e profissional como diretor-geral”.
No final de novembro de 2009, o conselho da Aiea aprovou uma moção de censura contra o Irã em decorrência das dúvidas geradas pelo programa nuclear do país Depois de cerca de sete anos de investigações, a agência não conseguiu confirmar se o programa é pacífico, como informa o governo Ahmadinejad.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em várias ocasiões que o governo brasileiro apoia o programa iraniano desde que tenha fins pacíficos. Recentemente Ahmadinejad anunciou o enriquecimento de urânio a 20% em suas usinas. Para especialistas, seria a sinalização de que o Irã se prepara para avançar na fabricação de armamentos nucleares. No entanto, Lula defende o diálogo e a busca por um acordo com os iranianos.
A Aiea tem ainda outros desafios a enfrentar, além da questão do Irã, como o também controvertido programa nuclear da Coreia do Norte e a necessidade de fortalecer a cooperação técnica no setor de energia nuclear de vários países
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