BOLSA EUA-Temores globais empurram Wall Street para baixo

Os principais índices acionários norte-americanos fecharam com quedas de quase 2 por cento nesta terça-feira. A expectativa de mais pacotes de socorro na Europa e preocupações de que a China adote mais medidas para conter pressões inflacionárias levaram investidores a fugir de ativos considerados mais arriscados. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova […]

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Os principais índices acionários norte-americanos fecharam com quedas de quase 2 por cento nesta terça-feira. A expectativa de mais pacotes de socorro na Europa e preocupações de que a China adote mais medidas para conter pressões inflacionárias levaram investidores a fugir de ativos considerados mais arriscados.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,59 por cento, para 11.023 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,75 por cento, para 2.469 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 perdeu 1,62 por cento, para 1.178 pontos.

Os desdobramentos, principalmente das questões sobre a estabilidade financeira da Irlanda, provocaram um salto no dólar, que golpeou os preços das commodities. O movimento direcionou as ações para baixo, com companhias de recursos naturais liderando a performance negativa.

“A força do dólar é apenas uma correção numa tendência mais ampla de fraqueza da moeda, ou estamos começando a ver uma reviravolta aqui?”, questionou Bill Strazzullo, sócio e estrategista-chefe de investimentos da Bell Curve Trading, em Boston.

O resultado dessa conjuntura foi o declínio de papéis ligados a matérias-primas. Alcoa recuou 2,8 por cento, enquanto Exxon Mobil cedeu 2,2 por cento. Os preços futuros do petróleo negociados nos EUA terminaram em baixa de quase 3 por cento, com os valores do ouro e dos metais também em queda. O índice que mede o comportamento do dólar ante outras divisas subia 0,9 por cento.

O índice S&P para matérias-primas recuou 2,2 por cento. Os papéis de tecnologia amargaram perda de 1,9 por cento, com investidores em busca de segurança.

No cenário macroeconômico, a Irlanda disse estar discutindo medidas de estabilização com parceiros europeus, em meio a uma grave crise de dívida. Na China, reportagens locais elevaram expectativas de que Pequim possa apertar mais a política monetária para conter a inflação.

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