Blog do Josias: no dia de aclamação de Serra, Dilma gruda em Lula

O alto comando da campanha de Dilma Rousseff decidiu disputar com José Serra espaço no noticiário do próximo final de semana.  O PSDB agendou para o dia 10 de abril, sábado que vem, um megaevento para aclamar Serra como candidato da oposição.  O petismo programou para a mesma data uma aparição de Dilma. Ela fará […]

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O alto comando da campanha de Dilma Rousseff decidiu disputar com José Serra espaço no noticiário do próximo final de semana.

 O PSDB agendou para o dia 10 de abril, sábado que vem, um megaevento para aclamar Serra como candidato da oposição.

 O petismo programou para a mesma data uma aparição de Dilma. Ela fará campanha no Rio ao lado de Lula ‘Cabo Eleitoral’ da Silva.

 O programa está sendo negociado com Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição e provedor de palanque para Dilma.

 Para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, decidiu-se evitar a associação da viagem com os negócios do governo.

 Dilma e Lula vão à vitrine com o propósito deliberado de impedir que Serra frequente sozinho as páginas das editorias de política.

 Além da aparição do dia 10, o quartel general de Dilma organiza uma programação para toda a fase de pré-campanha.

 A agenda de abril está pronta. Prevê reuniões com partidos aliados e viagens aos maiores colégios eleitorais e Estados tidos como estratégicos.

 Tenta-se criar fatos que assegurem à candidata a mesma visibilidade que o exercício da função de ministra lhe garantia.

 Trabalha-se para manter a agora ex-ministra pendurada nas manchetes até junho, mês das convenções partidárias que formalizarão as candidaturas.

 Na próxima segunda (5), Dilma vai a um encontro do PR. Nascida das entranhas do mensaleiro PL, a legenda dará apoio à candidata petista.

 Na terça, Dilma viaja para Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país. Voará nas asas de um jatinho alugado pelo PT.

 Vai, primeiro, a Ouro Preto e São João Del Rey. Duas cidades governadas pelo PMDB de Hélio Costa, que mede forças com o PT mineiro.

 Candidato à sucessão do tucano Aécio Neves, Hélio tenta firmar-se como o único palanque de Dilma em Minas.

 Enfrenta a resistência de dois grão-duques do petismo, que desejam a mesma coisa: Fernando Pimentel e Patrus Ananias.

 Na quarta (7), Dilma amanhecerá em Belo Horizonte, cidade em que nasceu e onde iniciou a militância estudantil que a levaria aos cárceres da ditadura.

 Durante o dia, a ministra encontrará um grupo de estudantes. Uma forma de reavivar o passado militante. À noite, um jantar com lideranças femininas.

 Na sexta (9), véspera da viagem ao Rio, Dilma se reunirá com a cúpula do PCdoB. Um partido que Ciro Gomes (PSB) cobiçou e que Lula segurou.

 Na semana seguinte, Dilma vai priorizar São Paulo. É onde se concentra o maior contingente de votos do país. É também a cidadela eleitoral de Serra.

 

Depois, uma viagem ao Rio Grande do Sul, Estado em que Dilma se iniciou na política e que, hoje, pende mais para Serra do que para ela.

 

A programação da campanha de Dilma é debatida num comitê informal de campanha. É integrado pelo marqueteiro João Santana e por meia dúzia de petistas.

 Quatro têm o pé no petismo de São Paulo: Antonio Palocci, José Eduardo Cardozo, Rui Falcão e Cândido Vaccarezza.

 Um é mineiro: Fernando Pimentel, amigo de Dilma dos tempos de movimento estudantil. O outro é o sergipano José Eduardo Dutra, presidente do PT.

 Nas próximas semanas, pretende-se agregar a esse comitê vozes do PMDB e das legendas que integram a mega-coligação de Dilma.

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