Bancários da rede privada decidem encerrar greve; rede pública ainda vota proposta
Os bancários da rede privada de atendimento decidiram há pouco em assembleia, aceitar proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e voltarem aos trabalhos amanhã. Segundo informações de Leila Oliveira, diretora do Sindicato dos bancários, a plenária entre os trabalhadores ainda está em curso. “Na rede privada foi decidido pelo fim da greve e agora […]
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Os bancários da rede privada de atendimento decidiram há pouco em assembleia, aceitar proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e voltarem aos trabalhos amanhã.
Segundo informações de Leila Oliveira, diretora do Sindicato dos bancários, a plenária entre os trabalhadores ainda está em curso.
“Na rede privada foi decidido pelo fim da greve e agora será decidida a volta ao trabalho dos atendentes da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que são instituições econômicas públicas”, explicou ela.
Os bancários de todo o país estão em greve há 15 dias e a paralisação é apontada pelos sindicalistas como a “maior greve da categoria nos últimos vinte anos”. As novas propostas da Fenaban, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal incluem reajuste de 7,5% para quem ganha até R$ 5.250 e atendem pedidos da classe sobre segurança, combate ao assédio moral.
Segundo informações nacionais, mais de 8 mil agências de bancos públicos e privados foram fechadas em todo o país, além de centros administrativos das instituições financeiras. Em Mato Grosso do Sul, os caixas eletrônicos nas agências bancárias funcionam regularmente e algumas agências fazem rodízio no atendimento.
Para atender à demanda, as casas lotéricas sul-mato-grossenses foram autorizadas a fazer diversas operações, como saques, recebimentos de benefícios sociais, consulta de saldos e depósitos em conta-corrente e poupança. Com o aumento no movimento, muitas lotéricas tiveram que melhorar a segurança.
A nova proposta da Fenaban:
● Reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250.
R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) para os salários superiores a R$ 5.250 – o que for mais vantajoso para os bancários.
● Reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%) nos pisos salariais, que ficariam assim:
– Portaria: R$ 870,84.
– Escritório: R$ 1.250,00.
– Caixa: R$ 1.250,00.
● PLR:
– Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181.
– Parcela adicional : 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00.
– Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.
– Antecipação da PLR: 60% da regra básica mais 50% da parcela adicional até 10 dias corridos após a assinatura da Convenção Coletiva.
● Gratificação de caixa: R$ 311,67.
● Outras verbas de caixa após 90 dias: R$ 147,38.
● Adicional tempo de serviço: R$ 17,83.
● Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56.
● Auxílio-refeição: R$ 18,15.
● Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08.
● 13ª cesta-alimentação: 311,08.
● Auxílio-creche/babá: Reajuste de 7,5% com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011), passando o valor para R$ 261,33 por 71 meses. Haverá uma regra de transição para quem já recebe o auxílio, conforme a idade do filho, recebendo uma antecipação em parcelas pelo valor que receberia por 83 meses.
● Auxílio-funeral: R$ 599,61.
● Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59.
● Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79.
● Requalificação profissional: R$ 893,63.
● Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que inclui definição de mecanismos de combate ao assédio moral, a serem implementados mediante adesão voluntária dos sindicatos e dos bancos por meio de acordo aditivo.
● Compensação dos dias parados no prazo entre a data da assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembro de 2010, nos mesmos moldes do ano passado.
● Segurança bancária:
– No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido.
– O banco registrará BO em caso de assalto, tentativa e sequestro.
– Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro.
– Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária
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