Avó diz que filha matou bebê por se sentir incomodada

O bebê Marcos Antônio Toledo de Almeida, de um ano e um mês, morto na madrugada desta segunda-feira, 22 de março, no bairro Cristo Redentor, após receber oito facadas. A mãe, de 15 anos, disse à Polícia Civil ter participado das duas primeiras facadas e acusa o namorado, Claudinei da Silva Cruz, 19, de desferir […]

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O bebê Marcos Antônio Toledo de Almeida, de um ano e um mês, morto na madrugada desta segunda-feira, 22 de março, no bairro Cristo Redentor, após receber oito facadas. A mãe, de 15 anos, disse à Polícia Civil ter participado das duas primeiras facadas e acusa o namorado, Claudinei da Silva Cruz, 19, de desferir os outros seis golpes, está sendo velado na casa do avô materno, no mesmo bairro onde aconteceu o crime. O sepultamento será às 09 horas desta terça-feira, 23 de março, Cemitério Nelson Chamma.

Durante o velório, a reportagem do Diário conversou com Sheila Toledo, mãe da adolescente e avó de Marcos. Ela disse que desconfiava de que a filha mentia sobre a autoria do homicídio. “Na noite do assassinato, os policiais bateram em minha porta por volta da meia-noite, e acompanhada de um policial minha filha sentou ao meu lado na cama e acusou o Claudinei de ter matado o bebê. Mas eu desconfiei, porque ela não chorava, nem olhava em meus olhos, ela não me encarou um minuto. Meu coração sabia que ela estava mentindo, mas como eu a acusaria? Sou mãe e não consegui fazer isso”, contou muito emocionada.

Questionada sobre o relacionamento que a filha tinha com o bebê, Sheila confessou que ela frequentemente maltratava a criança. “O ano passado, procurei o Conselho Tutelar para pedir a guarda para mim. Eu ficava com ele a maior parte do tempo e era eu quem o cuidava. Ela não queria cuidar, mas também não queria me dar. Ela falava alto com a criança, se irritava facilmente. Não suportava ver o modo como ela tratava o Marcos. Dava dó, porque ele era muito carinhoso com ela. Já ela, parece que se sentia incomodada com a presença dele”, contou a avó materna do garoto.

“Os conselheiros (tutelares) me disseram que não poderiam tirar a guarda dela, porque ela era a mãe e ela teria que cuidar do bebê. O problema era que ela não queria cuidar e sentia ciúmes do pouco carinho que eu dava ao meu neto”, afirmou.

A mãe espera que a filha reflita sobre o que fez e que pense muito no que realmente quer fazer da vida. “Quero que ela pense no que perdeu. Sei que sou o único apoio dela. Não entendo o que ela fez, mas sou mãe e estarei aqui quando ela sair”, afirmou Sheila Toledo.

Durante o velório, uma pequena confusão foi causada pelo padrasto da adolescente, que chegou a xingar quem compareceu à cerimônia para prestar homenagens ao pequeno Marcos. A Polícia foi acionada e foi até o local. O acusado, que causou a confusão, já tinha ido embora.

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