Após assumir vício, Quaresma pode ser suspenso por 60 dias

A Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) pediu na manhã desta quarta-feira a suspensão preliminar do advogado do goleiro Bruno de Souza, Ércio Quaresma. O advogado declarou no último fim de semana, em entrevista ao jornal O Dia, ser viciado em crack. De acordo com o […]

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A Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) pediu na manhã desta quarta-feira a suspensão preliminar do advogado do goleiro Bruno de Souza, Ércio Quaresma. O advogado declarou no último fim de semana, em entrevista ao jornal O Dia, ser viciado em crack. De acordo com o presidente em exercício da comissão, Fábio Henri Siqueira, Quaresma pode ser afastado do exercício da profissão por até 60 dias.

Segundo Henri Siqueira, o pedido foi assinado e encaminhado ainda nesta quarta ao Tribunal de Ética e Disciplina. “Como o caso específico teve um clamor e um impacto muito negativo na imagem da categoria, o pedido é imediato e tramita de forma mais rápida”, afirmou. Após ser notificado, Quaresma terá um prazo de 48 horas para prestar esclarecimentos sobre o caso.

O presidente da comissão disse que a declaração de Quaresma a respeito de seu vício foi a mais grave de uma série de desvios de conduta, que motivaram a abertura de dez processos disciplinares. “Essa foi a que pesou mais, isso veio a somar de maneira muito mais grave”, afirmou. “Aqui na Comissão de Ética, nós ficamos sabendo do que foi noticiado na imprensa, juntamos as provas e, somente com isso, a OAB toma esse tipo de providência”, disse Henri Siqueira, que acredita que Quaresma deva ser notificado ainda nesta semana.

Vício

Em entrevista ao jornal O Dia, Quaresma afirmou que é viciado em crack e que está fazendo tratamento para se livrar da dependência. Polêmico em suas declarações e atitudes, Ércio Quaresma já foi acusado, ao longo do caso, de ameaçar a noiva do atleta e de fornecer a ele remédios que provocariam desmaios nas audiências na Justiça.

“Sou dependente de crack há sete anos. Estou me tratando com o maior psiquiatra do País em dependência química, e tive algumas recaídas. Mas nunca entrei num plenário doidão”, afirmou. Ele disse ainda que o vício começou com maconha. Em 2003, passou a usar crack. “Em Brasília eu apaguei, me roubaram anel, relógio, tudo”.

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