Vendedores ambulantes aproveitam o dia de finados para lucrar. No cemitério Central de várias barraquinhas foram montadas para vender principalmente flores e velas. O feriado que para muitos é dia de descanso, acaba sendo sinônimo de trabalho para os vendedores, que garantem uma grana extra no orçamento doméstico.

Há 10 anos, a rotina da vendedora Salvani Fagundes de Oliveira, de 60 anos, é a mesma no dia de finados. Na barraca da vendedora o freguês encontra flores artificiais, naturais, avulsas ou em vasos, velas e até mesmo caixas de fósforos.

Apesar da grande movimentação no cemitério, Salvani prevê que as vendas serão menores em relação a 2009. Por volta das 9 horas, a vendedora estimou que venderia R$ 600,00, sendo que no ano passado chegou a vender R$ 1,2 mil.

Diferente de Salvani, o vendedor Ezequias Alves da Silva, de 65 anos, é um estreante nas vendas. Silva acredita que durante o dia vai vender pelo menos 30% da mercadoria que levou para o cemitério.

Com coroas de flores artificiais nas mãos, o vendedor anda de um lado para o outro fazendo propaganda no boca a boca do seu produto. Para Silva, o dia de trabalho tem de dar lucro de pelo menos R$ 200,00.

Já Adolfo Francisco Santana, de 50 anos, há seis anos vende bebida, como refrigerantes e cervejas, balas, chicletes e guloseimas em geral, além de cigarros, em sua barraca, que também tem um cantinho reservado para vasos de flores naturais.

“Temos que vender de tudo para ganhar um pouco”, brincou Santana, espantando o clima de tristeza que o dia trás para quem perdeu um ente querido.