Aluna de 17 anos, doente mental, teria sido estuprada em evento escolar

Estudante da escola municipal Eduardo Olímpio Machado, de Campo Grande, participava com outros estudantes de evento realizado no clube 5 de Maio, quando foi atacada por um rapaz de 19 anos de idade; família da menina contratou advogado (foto) e quer apontar culpados

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Estudante da escola municipal Eduardo Olímpio Machado, de Campo Grande, participava com outros estudantes de evento realizado no clube 5 de Maio, quando foi atacada por um rapaz de 19 anos de idade; família da menina contratou advogado (foto) e quer apontar culpados

Uma estudante de 17 anos de idade, deficiente mental, teria sido estuprada na sexta-feira de manhã, num evento promovido por uma escola municipal de Campo Grande, no clube 5 de Maio, na saída para Sidrolândia. A mãe da menina contratou um advogado e quer agora responsabilizar a direção do colégio, a prefeitura da cidade e exigir uma indenização pelo crime sofrido pela filha.

O boletim de ocorrência que narra o abuso sexual foi registrado na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) sob o número 309/2010.

M. estuda há quatro anos na Escola Municipal Doutor Eduardo Olímpio Machado, no bairro Ouro Verde, periferia da cidade. Na quinta-feira passada, ela, que cursa o 6º ano do Ensino Fundamental, levou para a casa um comunicado da direção da escola dizendo que os alunos iam fazer um passeio no dia seguinte, no caso, visitar o clube 5 de Maio, estruturado com salão de festas, piscinas e quadras de jogos.

A mãe, uma comerciante, concordou com o convite e determinou que a filha acompanhasse os estudantes até o clube. Na sexta-feira, por volta das 10 horas da manhã, segundo narrado no boletim de ocorrência, um rapaz conhecido como Alemão, teria pulado o muro do Clube 5 de Maio, agarrado a estudante e arrastado-a até um dos banheiros.

Lá, na presença de outras crianças, colegas da adolescente, o rapaz violentou a menina. Depois, fugiu.

A estudante foi levada para o IML (Instituto Médico Legal), submetida a exames e, em seguida, orientada a tomar um coquetel de remédios contra doenças sexualmente transmissíveis. A análise médica feita no corpo da adolescente, levada ensangüentada até o IML, segundo o boletim policial, ainda não ficou pronta.

O advogado Cristiano de Sousa Carneiro, defensor da adolescente, disse que o comando da escola que promovia o evento pode ter cometido erros considerados “muito graves”.

Um deles: a adolescente teria sido atacada por volta das 10 horas da manhã e a família dela avisada somente à tarde, entre 13h e 13h30 minutos. Outro erro, segundo interpretação do advogado: a menina foi levada até o IML, mas a Polícia Militar não foi comunicada. “Com isso, o tal do Alemão fugiu. Ele deveria ser preso em flagrante”, disse o advogado.

O advogado disse que a menina “apresentava melhoras” no tratamento contra os problemas mentais. “E agora, com essa violência, esse infortúnio, volta tudo a estaca zero”, lamentou Souza Carneiro.

De acordo com o boletim de ocorrência, Alemão, teria 19 anos de idade, seria um dependente químico e “bastante conhecido” nos bairros Lagoa Park e Caiobá. Ainda segundo o boletim, o suposto agressor já tinha sido visto numa padaria da mãe da adolescente, construída no bairro da Lagoa Bonita. O rapaz teria dito que mora no Caiobá e que possui parentes no bairro Lagoa Park.

De acordo com descrição da mãe, Alemão seria magro, cor parda, cabelos e olhos castanhos escuros e costuma vestir-se com um casaco vermelho, calça jeans e chinelo do tipo havaiano. O advogado disse que vai mover a ação quando o IML concluir o exame.

A reportagem do Midiamax tentou por meio de um telefonema conversar com a direção da escola, mas não conseguiu. Uma professora que não se identificou disse que o comando da escola não estava ali naquele momento e que era para ligar à tarde.

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