Após sete anos, sofrendo abusos sexuais de seu pai, uma adolescente de 15 anos tomou coragem e contou o crime a sua mãe. Além da garota, sua irmã de 13 anos e seu irmão de 10 anos também foram molestados pelo próprio pai.

 Na noite da última segunda-feira, dia 12, M.R.de 32 anos procurou a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Três Lagoas para registrar os abusos que seus três filhos vinham sofrendo. A mãe das vítimas contou que está casada com J.F. de 33 anos há aproximadamente 16 anos e deste relacionamento nasceu seus quatro filhos, que estão hoje com 9, 10, 13 e 15 anos.

Segundo M.R, na noite do dia 12 ela estava conversando com seu irmão quando seu sobrinho se aproximou e perguntou se a mesma sabia que seu marido molestava três de seus quatro filhos.

Ao tomar conhecimento do crime, M.R foi até sua casa no bairro Santa Terezinha onde conversou com seus filhos sobre os abusos. As duas meninas 13 e 15 anos, ao serem questionadas sobre o crime permaneceram caladas.

Já o menino de 10 anos, disse à mãe que seu pai teria pedido para ele fazer sexo oral e acariciar seu órgão genital. Estarrecida diante do crime bárbaro, M.R perguntou novamente as meninas sobre a atitude do pai. Ambas acabaram confessando terem sido abusadas sexualmente por J.F.

A adolescente de 15 anos contou ainda que desde os seus oito anos vem sendo abusada pelo pai que a intimidava para não contar o caso a mãe. Assustada, a vítima disse que por várias vezes acordou no meio da noite com seu pai dentro do quarto, colocando seu órgão genital em seu rosto.

O menino de nove anos, falou para mãe que nunca foi molestado por J.F e que também nunca presenciou os abusos contra os irmãos.

As vítimas foram ouvidas pela delegada Letícia Mobis Alves da Delegacia de Atendimento a Mulher de Três Lagoas (DAM) e confirmaram os abusos. Os jovens foram retirados do convívio do pai e estão junto com a mãe em outro local.

Os menores estão recebendo o auxilio do Conselho Tutelar e deverão receber um acompanhamento psicológico. O acusado, por enquanto está em liberdade por falta de provas materiais.

Foi solicitado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal de Três Lagoas (IMOL) o exame que irá apontar se houve ou não o abuso dos adolescentes.

O inquérito policial de estupro de vulnerável, segundo a delegada Letícia, será encaminhado a Delegacia de Polícia Civil da cidade de Água Clara, uma vez que os abusos contra as meninas começaram na época em que a família residia naquele Município.

O crime contra o garoto de 10 anos será investigado por uma unidade policial de Três Lagoas, já que o crime ocorreu nesta Cidade.