O debate entre os candidatos a vice-presidente, realizado na tarde desta quinta-feira (16) pelo Portal R7 e pela Record News, foi marcado por acusações entre Indio da Costa (DEM) e Michel Temer (PMDB), vices de José Serra () e Dilma Rousseff (PT).

Indio responsabilizou a petista pelo esquema de lobby na , que provocou a demissão da ministra Erenice Guerra. Ao citar a saída de Erenice do ministério, Indio lembrou o escândalo do mensalão, que envolveu o então ministro da pasta, José Dirceu. O democrata afirmou que, na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “mentiu” ao dizer que desconhecia o caso.

– O Lula mentiu o tempo inteiro. […] Agora e a Dilma? Ela não era chefe da Erenice?

Temer, companheiro da candidata petista, defendeu Dilma. O vice seguiu afirmações feitas por sua candidata e disse que os chefes não podem ser responsabilizados pelos atos de funcionários.

– É muito difícil conhecer os pormenores de cada funcionário.

O empresário Guilherme Leal, vice na chapa de (PV), afirmou que o caso no ministério é “muito sério” e defendeu a apuração do caso.

– O que está acontecendo na Casa Civil é muito sério. A apuração é absolutamente fundamental. A escolha de governos precisa ser transparente.

Indio e Temer também polarizaram a discussão em torno do caso da quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB. Indio da Costa evitou responder a uma questão sobre reportagem da revista Carta Capital, segundo a qual uma empresa de Verônica Serra, filha de José Serra, teria tido acesso a dados bancários de 60 milhões de pessoas.

Temer, por sua vez, afirmou que a denúncia levantada pela revista demonstra que talvez as quebras de sigilo sejam um problema “universal”.