Radicais islâmicos têm documentos brasileiros

As polícias do Brasil, do Uruguai e dos EUA descobriram provas da presença na América do Sul de integrantes ou simpatizantes de movimentos radicais islâmicos que circulam com documentos brasileiros. A prisão em abril, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), do egípcio Mohamed Ali Abou El Mahdy Fis Ibrahim Soliman, suspeito de envolvimento em […]

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As polícias do Brasil, do Uruguai e dos EUA descobriram provas da presença na América do Sul de integrantes ou simpatizantes de movimentos radicais islâmicos que circulam com documentos brasileiros.

A prisão em abril, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), do egípcio Mohamed Ali Abou El Mahdy Fis Ibrahim Soliman, suspeito de envolvimento em um sangrento atentado contra turistas europeus e japoneses no Egito, em 1997, pode comprometer um grupo de nove pessoas supostamente ligadas às organizações Hamas, Hisbolá e Irmandade Muçulmana, que o serviço de informações do Ministério do Interior do Uruguai já tinha pedido à PF brasileira para investigar.

No grupo está Akran Ahmad Barakat, nascido no Líbano há 35 anos e residente em Foz do Iguaçu. Há suspeitas de que ele integre o esquema de proteção a Soliman. Segundo um documento de 14 páginas, redigido em março de 2000 por um analista do Núcleo de Inteligência da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul (detalhe), pelo menos seis dos nove homens investigados têm documentação brasileira. Barakat possui visto de residência permanente no país.

Há dois anos e meio, as autoridades uruguaias forneceram à Polícia Federal brasileira uma lista de 42 homens e 27 mulheres que tinham se prevalecido do passaporte israelense para desaparecer no Brasil. Alguns foram localizados no Rio Grande do Sul, outros já tinham seguido mais para São Paulo, Distrito Federal e Goiás.

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