Programa Pantanal perde mais de 70% de verbas para 2002

Dos 9 milhões de reais previstos para ações do Programa Pantanal este ano no Estado de Mato Grosso do Sul apenas 2,4 milhões devem ser repassados. A diferença de valor equivale a uma perda de 73,3% dos recursos. Até agora os valores previstos para aplicação no Programa Pantanal estão incertos. Segundo o coordenador nacional do […]

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Dos 9 milhões de reais previstos para ações do Programa Pantanal este ano no Estado de Mato Grosso do Sul apenas 2,4 milhões devem ser repassados. A diferença de valor equivale a uma perda de 73,3% dos recursos. Até agora os valores previstos para aplicação no Programa Pantanal estão incertos. Segundo o coordenador nacional do programa, Carlos Bertão, os atrasos são comuns, mas a situação ficou mais complexa em 2002 por causa do ano eleitoral e situação econômica.

O atraso, de pelo menos um ano, pode ser revisto e demorar ainda mais. O plano inicial previa a aplicação de 400 milhões de dólares, em duas fases, cada uma de quatro anos, para melhorar as condições de vida da população e oferecer alternativas sustentáveis de desenvolvimento para o Pantanal. Aprovado em junho de 2001, o programa já iniciava suas ações com atrasos. A primeira parcela do dinheiro foi liberada apenas em dezembro. Dos 8 milhões de dólares – 20 milhões de reais na época – que deveriam ser gastos em um ano, apenas 5 milhões foram aplicados. Carlos Bertão informou que para o ano que vem, em 2003, foram solicitados 69 milhões de reais. Mas o governo federal assinala apenas a liberação de 23 milhões de reais.

Os recursos, segundo o coordenador nacional, não foram cortados, mas suspensos por tempo indeterminado. Os prejuízos com as perdas em 2002 ainda dependem de redimensionamento das verbas. Atualmente os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul continuam trabalhando no Programa Pantanal com recursos de 2001. Nos próximos dias, quando for aprovada a verba de 2002, será revelado quanto se aplicará no Pantanal. O secretário de Estado de Meio Ambiente, Cultura e Turismo de Mato Grosso do Sul, Márcio Portocarrero, acredita que MS deve receber apenas 2,4 milhões. Se confirmada a quantia, o valor será aplicado imediatamente na implantação da agricultura orgânica em 30 aldeias indígenas na Bacia do Alto Paraguai (BAP) e no dessassoreamento do rio Taquari.

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