O ministro da Saúde, Barjas Negri, pediu hoje ao Tribunal Superior Eleitoral direito de resposta no programa eleitoral da Coligação Lula Presidente para explicar a política de distribuição de remédios do Governo Federal.

De acordo com o ministro da Saúde, na propaganda eleitoral de ontem do PT, que teve como tema o alto preço dos remédios, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai incluir em seu programa de governo o projeto Farmácia Popular, e citou como exemplo o laboratório farmacêutico do estado de Pernambuco, onde alguns medicamentos chegam a custar até sete vezes menos.

Na representação (429) os advogados da Procuradoria-Geral da União alegaram que a Farmácia Popular, proposta por Lula, já existe com o nome de Assistência Farmacêutica Básica distribuindo gratuitamente 33 tipos de medicamentos entregues trimestralmente às secretarias municipais de saúde, beneficiando cerca de 50 milhões de pessoas atendidas pelo Programa Saúde da Família.

Os advogados também alegaram que a divulgação feita pelo PT poderá induzir as pessoas atendidas pelo programa do governo a acreditar que os medicamentos distribuídos de graça deverão ser adquiridos em farmácias particulares, mesmo que a preços menores.

O ministro da Saúde requereu ao TSE o direito de resposta no horário reservado ao PT correspondente a todos os períodos em que foi veiculado o tema o alto preço dos remédios.