Durante o 2° Seminário de Direito para Jornalistas, que está sendo realizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul desde ontem em Campo Grande, haverá um júri simulado, que será formado por comunicadores.

A realização do júri simulado foi programada para mostrar aos jornalistas como funciona o Judiciário. “Não são todos os casos que necessitam de um júri para serem julgados e pouca gente sabe disso”, afirmou o juiz Júlio Roberto Siqueira Cardoso, um dos coordenadores do evento.

“Um júri só é convocado quando serão julgados casos de crimes dolosos (inclusive casos de aborto), em que há a intenção de matar. Para outros casos, não há essa necessidade. Muitas pessoas não sabem as diferenças e algumas peculiaridades que existem em alguns processos”, explica Siqueira, ressaltando que o jornalista deve, fundamentalmente, ter o mínimo de conhecimento sobre os trâmites jurídicos.

COMPOSIÇÃO – O júri simulado com a participação de jornalistas acontece amanhã, a partir das 19h30, no Tribunal de Justiça, Parque dos Poderes, em Campo Grande, onde acontece o seminário. Trinta profissionais da imprensa foram “pré-convocados” para compor o Conselho de Sentença: apenas sete, dos trinta, farão parte do júri.

O homicídio a ser “julgado” pelos jornalistas aconteceu, segundo o juiz Júlio Roberto, há cerca de cinco anos na Santa Casa de Campo Grande: “A vítima foi um homem e o autor foi outro homem. O caso foi bastante divulgado na mídia na época. Isso é tudo o que podemos dizer agora, antes do julgamento”.

Embora os sete membros do Conselho de Sentença só sejam sorteados instantes antes do julgamento, os “advogados de defesa”, assim como os “promotores” já estão escalados. Serão promotores do caso os jornalistas Dante Filho e Maristela Brunetto e, como advogados de defesa, atuarão Josemil Arruda e Juliana Lanari.

Os jornalistas que atuarão como promotores receberam, nos últimos dias, contribuições e esclarecimentos do advogado Paulo Passos. Já os defensores do réu foram orientados por Fábio Trad.