A reforma do FBI iniciada pelo governo americano “põe em questão os princípios fundamentais de preservação da fonte da informação, mantendo seu sigilo e confidencialidade”. A crítica foi feita pela organização de defesa da liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em comunicado publicado em Paris.

“Esta reforma preocupa enormemente a RSF. A emoção suscitada pelos atentados de 11 de setembro e a vontade legítima de lutar contra o terrorismo não devem levar à amputação das liberdades coletivas e individuais, e particularmente ao retrocesso da liberdade de expressão consagrada nos Estados Unidos, pela primeira emenda da Constituição”, declarou Robert Menard, secretário-geral da organização, em carta dirigida a John Ashcroft, ministro da Justiça.

O diretor do FBI, Robert Mueller, que assumiu o cargo pouco antes de 11 de setembro, iniciou uma profunda reforma da polícia federal americana, que dispõe, agora, de mais poderes para realizar escutas telefônicas, ler mensagens eletrônicas, entre outros.

Redação Terra