O governo de Israel concordou em se retirar das áreas sob controle palestino de Gaza e de Belém – na Cisjordânia – mas condicionou a medida a garantias das forças de segurança palestinas de que poderiam conter os militantes nessas regiões.

A notícia foi divulgada após uma reunião entre o ministro da Defesa de Israel, Benjamin Ben-Eliezer, e uma delegação palestina chefiada pelo ministro do Interior Abdel Razak El Yehiye: “Quando percebermos uma diminuição nos alertas sobre possíveis atos terroristas, poderemos começar a retirada”, disse uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelenses, Yaffa Ben-Ari. O plano, conhecido como “Gaza-Belém Primeiro”, visa ao restabelecimento de um clima de confiança mútua após meses de violência.

ESCUDOS HUMANOS – Também no domingo, a Suprema Corte de Israel expediu uma injunção proibindo o Exército israelense de usar civis palestinos como “escudos humanos” para bater em portas de casas palestinas durante operações de busca e prisão. O tribunal está analisando uma petição apresentada por sete grupos de defesa dos direitos humanos que argumentam que tal prática viola o direito dos indivíduos.

Na semana passada, um palestino de 19 anos, enviado pelo Exército israelense, morreu ao bater na porta de um suspeito palestino cuja casa estava cercada por tropas israelenses. Israel afirma ter proibido seus militares de usar “escudos humanos” após uma petição ser apresentada à Justiça em maio, mas alega que o “procedimento de vizinho (batendo na porta)” não estaria incluído na mesma categoria.