Uma equipe da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Mato Grosso do Sul sai de Campo Grande no próximo domingo para atender índios guatós, que estão na região do morro do Caracará, na divisa com o Estado de Mato Grosso. O grupo, formado por médico, enfermeiro e administrativo, vai examinar especificamente três índios com mais de 60 anos que estão doentes e vivem sozinhos às margens do rio São Lourenço.
O precário estado de saúde dos guatós foi constatado pelos integrantes da expedição “Rio Paraguai – suas águas, sua gente”, organizada pela ONG Rios Vivos, no final do mês passado. Conforme informações da ONG Ecologia e Ação (Ecoa), de Campo Grande, que também participou da expedição, os três índios estão entre os últimos da tribo que ainda guardam o idioma e as tradições originais.
Segundo a Ecoa, esses índios preferem morar sozinhos e não têm interesse de ir para a aldeia da Ilha Ínsua, área indígena onde vivem outros 112 guatós, localizada em Mato Grosso do Sul e a alguns quilômetros do morro do Caracará.