A Associação do Criadores de Mato Grosso do Sul – Acrissul – quer eliminar a etapa de fevereiro da da vacinação anti-aftosa.
O presidente da Entidade, Laucídio Coelho Neto, e do Fefa/MS (Fundo Emergencial da Febre Aftosa), encaminhou ofício ao diretor da Iagro (Agência de Vigilância Sanitária), Alexandre Auler Krabbe, solicitando que seja estudada a viabilidade da medida, considerando que os animais de até doze meses, que são os vacinados em fevereiro, são novamente imunizados na etapa do mês de maio, que impõe vacinação do rebanho com até 24 meses.
Em reunião do Cesa (Conselho Estadual de Sanidade Animal), ontem na sede da Iagro-MS, o órgão decidiu acatar o pedido de abertura de estudos e encaminhou a solicitação ao Ministério da Agricultura e Pecuária, que dará a palavra final.
Segundo o presidente da Acrissul, Laucídio Coelho Netto, a supressão desta etapa em nada prejudica a campanha no Estado para erradicar a febre aftosa, já que a distância entre fevereiro e maio é insignificante. Além disso, ressalta, estados como São Paulo e Paraná já suprimiram esta etapa da vacinação, sem qualquer tipo de prejuízo.
Em fevereiro foram vacinados cerca de 4 milhões de bovinos. Na etapa de abril, esse número chegou a 11 milhões, segundo balanços feitos pela agência de vigilância sanitária.
Com um rebanho estimado em 23 milhões de cabeças, Mato Grosso do Sul destaca-se como o maior rebanho comercial do País. No ano passado, com a obtenção da área livre de febre aftosa em maio, expedida pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) o Estado conseguiu maior abertura nas exportações de carne, inclusive para a União Européia.
Com a certificação internacional houve crescimento de 319% nas exportações de carne bovina de MS para outros países. No ano de 2000, com as fronteiras fechadas para a saída de carne, o Estado exportou US$ 42,632 milhões em carne bovina. Em 2001 o volume saltou para US$ 133,230 milhões, atingindo 67,9 mil toneladas do produto, um recorde na pecuária.