Handebol era só hobby para advogados, mas convocação dos 35+ para Copa América virou prêmio

Dois atletas de Mato Grosso do Sul foram convocados para a 3ª Copa América de Handebol Master, que ocorrerá em San Juan – Porto Rico, entre os dias 14 a 18 de agosto de 2024. Ambos são advogados e começaram a praticar como hobby. No entanto, a empolgação foi tamanha que, desde os 11 anos, nunca mais abandonaram o esporte e agora foram chamados na categoria 35+.
“Comecei a jogar aos 11 anos e hoje estou com 39. Joguei pela seleção de Campo Grande em todas as categorias, do juvenil ao adulto. E até a faculdade eu fiz por ter a bolsa de atleta. Há três anos, também tive a minha primeira participação nesse campeonato de handebol master, quando estive em outras cidades brasileiras”, afirmou o advogado Rafael Nunes da Cunha, de 39 anos.

Desta forma, ao retornar para São Gabriel, logo teve a notícia da convocação, ao lado de outro atleta, o também advogado, Raul Wasnieski, de 36 anos.
“Estamos nesta fase de buscar auxílio. A prefeitura local e vereadores ajudaram, porém, também estamos buscando patrocínio e tem toda a regularização do visto americano, passaporte, estamos correndo atrás disso”, argumentou.
Ao mesmo tempo, a dupla participa da Liga Nacional, que seria a série A do handebol pelo nosso clube, que é o São Gabriel Tubarões.
“Vai ser agora, dos dias 25 a 28 de julho, então, estamos envolvidos em toda esta logística de trabalho, visto e passaporte, mas, se Deus quiser vai dar tudo certo”, disse.
Raul também fala na mesma empolgação sobre o esporte. “Tinha 11 anos, morava perto do ginásio de esportes de São Gabriel, então, sempre teve esporte na família. Meu pai era jogador de futebol e eu sempre estava com ele nos campos e quadras. Foi quando surgiu o handebol, incentivado pelo meu irmão mais velho, que era goleiro. Daí eu comecei a tomar gosto, fui jogando, participando de campeonatos, seleções do município, do Estado e, em 2003, joguei profissionalmente em São Paulo, no Palmeiras”, relembrou.

Em seguida, diz que ocorreu a primeira convocação para a seleção brasileira e o atleta continuou a participar de campeonatos. “Fomos brincando e levando o nome do município e do Estado para fora. Após um tempo, apareceu os campeonatos master e fomos ficando mais experientes. Particularmente, como não caço, não pesco e nem laço, pratico o handebol como hobby”, explicou.
Incentivado pela família, tanto a esposa como a mãe, diz que o esporte é saúde e qualidade de vida. “Sempre gostei de participar destes campeonatos e aí a gente vai tentando melhorar a cada dia e sempre se espelhando nos mais experientes Temos o Renato, de Campo Grande, que já foi convocado também e agora eu e o Rafael”, comemorou.
