O Botafogo-SP vinha de uma sequência de cinco jogos sem vencer e foi um sul-mato-grossense que mudou o rumo do time, marcando seu primeiro gol no Campeonato Brasileiro Série B, contra o Novorizontino.
Quem se atrevesse a comparar os retrospectos indicaria uma vitória da equipe da casa, que vinha de sete triunfos consecutivos, mas Guilherme Madruga marcou seu primeiro gol no campeonato e garantiu a vitória do Botafogo.
E não foi qualquer gol: Aos 36 minutos do primeiro tempo, Madruga se viu de costas para o gol adversário com a bola no ar. Não titubeou e mandou um bicicleta. Resultado: golaço à la Puskás.
Nesta quarta-feira (28), a repercussão do lance invadiu a vida privada e pública de Madruga, que está sendo bombardeado com mensagens em suas redes sociais e em seu Whatsapp. Nascido em São Gabriel do Oeste, o meio-campista foi surpreendido com a proporção que o gol tomou.
A emoção tomou conta da família de Madruga com o golaço, mas o sentimento forte não foi o único da partida. Aos 11 minutos do primeiro tempo, Madruga sofreu um choque na cabeça e precisou estancar o sangramento com uma toca de natação. Sua mãe, inclusive, chegou a passar mal com o lance.
"Vivendo um dia de fama"
"Tem sido uma repercussão muito grande e não estou conseguindo responder todo mundo. Estou vivendo um dia de fama e não estou acostumado a isso, não estava esperando. É um momento de muita felicidade para mim e para minha família", agradeceu.
Ele confessou também que recebeu mensagens de familiares que não conhecia e precisou acionar sua mãe para identificar as pessoas. "Chegou mensagens de parentes que eu não tinha contato. Na hora liguei para os meus para saber quem eram", brincou.
Gol mais bonito do ano
Em campo em todas as 14 partidas do clube de Rio Preto (SP) na Série B, Madruga admite que não sonhava em disputar um prêmio de relevância mundial como o Prêmio FIFA Puskás, organizado pela entidade máxima do futebol mundial para coroar o gol mais Bonito do ano.
O Botafogo-SP puxou a hashtag #MadrugaPuskas para ajudar o jogador a conseguir mais visibilidade para concorrer à honraria.
"Eu não sonhava em disputar um prêmio desse tamanho. Pode acontecer com toda a proporção que está tomando. Conto com o apoio de todo mundo para me ajudar", pediu.
O Brasil tem dois ganhadores do Puskás: Wendell Lira, em 2015, pelo Goianésia, com o voleio em partida pelo Campeonato Goiano; e Neymar, em 2011, pelo Santos, após driblar toda a defesa do Flamengo no histórico 5 a 4 para os cariocas, pelo Brasileirão.