Gymnasiade: Judocas de MS participam da maior competição escolar do mundo na França

Gymnasiade reúne 3,4 mil atletas, de 69 países

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Maju, Andrey e Larissa (de Kimono) representam MS na França (Fotos: Divulgação)

Os judocas Andrey da Silva Kuttert, de 16 anos, Maria Júlia Siqueira Moreira, de 17, e Larissa Barros de Oliveira, de 16, levaram a bandeira de Mato Grosso do Sul para a França. Os atletas sul-mato-grossense integram a delegação brasileira no Gymnasiade 2022 — a maior competição escolar do mundo —, que acontece até o próximo domingo (22).

Andrey, que é de Itaporã, e Maria Júlia e Larissa, de Campo Grande, fazem parte dos 230 atletas brasileiros que estão participando da competição desde sábado (14) — dentre eles, 27 são paratletas, incluindo Larissa. Essa é a maior delegação do país na história da competição, que pela primeira vez terá também esportes paralímpicos.

São 118 homens e 112 mulheres entre os atletas. Ao todo, a delegação terá 346 integrantes. O Brasil ficará sediado na cidade de Deauville, a 200 quilômetros de Paris. No total, são 3,4 mil atletas de 69 países, distribuídos em 20 modalidades e 8 cidades-sedes.

Garantindo a vaga no Gymnasiade

A Seletiva Estadual Gymnasiade de Judô foi realizada pela FEEMS (Federação Escolar de Esporte do Mato Grosso do Sul) nos dias 19 e 20 de fevereiro e reuniu atletas nascidos em 2004, 2005 e 2006, no masculino e feminino. Somente os 16 melhores (8 de cada gênero) judocas garantiram classificação para etapa nacional. Esse foi o primeiro passo para Andrey e Maria Júlia.

Pódio da Maju na seletiva nacional (Foto: Divulgação)

Já a Seletiva Nacional Gymnasiade de Judô foi realizada pela CBDE (Confederação Brasileira do Desporto Escolar) entre os dias 21 e 24 de março e reuniu judocas de várias partes do Brasil. Os melhores do ranking da modalidade de suas respectivas categorias ganharam o direito de representar a nação no Gymnasiade Internacional, em Normandia (FR).

Andrey, da Escola Estadual Edson Bezerra, foi o primeiro atleta sul-mato-grossense a garantir vaga depois de conquistar o título da categoria -50 kg masculino. Na decisão da categoria -63 kg feminino, Maria, da Escola SESI de Campo Grande, foi a grande campeã da Série Ouro e também carimbou o passaporte para representar a Seleção Brasileira no Gymnasiade.

Andrey na seletiva nacional (Foto: Divulgação)

Paralímpiadas

Larissa é a única sul-mato-grossense da lista e disputará na categoria até 57 kg. A judoca representa o Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas), da Capital, e coleciona participação em inúmeras competições, entre elas as Paralimpíadas Escolares, maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar, organizado anualmente pelo CPB.

Larissa é atleta do Ismac (Foto: Divulgação)

A paratleta nasceu com má formação congênita nos olhos e conheceu o judô há quatro anos. Para ela, conhecer a França e disputar a Gymnasiade é um sonho. “Quando soube dessa convocação, quase não acreditei. É uma oportunidade única, eu e minha família ficamos muito felizes”, disse.

Convocação

No dia 18 de abril os dois atletas de MS foram oficialmente convocados pela CBDE para fazer parte da Seleção Brasileira de Judô no Gymnasiade 2022.

Andrey e “Maju” saíram de Campo Grande na semana passada e se encontraram com os demais integrantes da delegação brasileira, que partiram juntos rumo à França.

O Brasil está competindo no atletismo (olímpico e paralímpico), badminton, basquete 3 x 3, boxe, dança esportiva (break dance), esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô (olímpico e paralímpico), natação (olímpica e paralímpica), orientação, rúgbi 7, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, vôlei de praia e wrestling.

Potência verde e amarela

O Brasil embarcou para a França com o objetivo de manter-se entre os primeiros colocados no quadro de medalhas. A estimativa da CBDE é seguir no patamar de performance das duas últimas edições. Em 2016, na cidade de Trabzon, na Turquia, o país conquistou 128 medalhas — 57 de ouro, 32 de prata e 39 de bronze — e terminou no topo do quadro de medalhas, seguido de Turquia e França.

Em 2018, no Marrocos, o Brasil foi o terceiro colocado, com 87 medalhas — 27 de ouro, 26 de prata e 33 de bronze —, atrás apenas de Ucrânia e Marrocos.

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