O policial civil e judoca André Luiz da Cruz, de 40 anos, precisa se dividir entre os tatames e as ocorrências policiais, enquanto treina para competir no Campeonato Mundial de Judô, em setembro. Garra é uma das palavras que define o atleta, que mesmo machucado, saiu com medalha de competição.

São 1h30 por dia, 3 vezes na semana — mais os treinos na academia todos os dias para fortalecer. “Visando o mundial eu vou tentar aumentar a carga horária. Mas eu tenho os compromissos, às vezes tem plantão, e acabo não conseguindo treinar como deveria”, conta ele ao Jornal Midiamax.

Mas foi essa carga de treino que garantiu dois pódios para o judoca, no Campeonato Pan-Americano e Campeonato Sul-Americano, que aconteceu em Salvador (BA), entre 11 e 15 de maio. “Fiquei em 2º lugar no Pan e fiquei em 3º lugar no Sul-Americano. Fui representado o Estado, o país e a academia Associação Mifune de Judô”, diz André, que participou dos eventos com cerca de 3 mil atletas.

Judoca subiu ao pódio no 2º lugar no Pan-Americano (Foto: Arquivo pessoal)

A Associação Mifune, inclusive, perdeu seu fundador na semana passada. O mestre e Sétimo Dan de Judô, João Kiyokato Shimabukuro, morreu na quinta-feira (19), aos 79 anos, em , e se tornou uma das referências da arte marcial em Mato Grosso do Sul.

Judoca persistente

Nas competições que participou na Bahia, André acabou se machucando na semifinal do Sul-Americano. “Meu ombro saiu do lugar, mas eu voltei para fazer a disputa de 3º [lugar] e acabei por conseguir o 3º lugar”, relata.

Segundo o judoca, a final do Pan-Americano também foi acirrada. “Cheguei muito confiante para medalhar e faltou muito pouco para o ouro. Após uma luta bem disputada no tempo normal e cinco minutos de golden score, acabei tomando punição e perdi a luta”, descreve ele à reportagem.

André ao lado de outros judocas no Sul-Americano (Foto: Arquivo pessoal)

Próximos compromissos

André iria participar do Campeonato Mundial de Instituições de Segurança Pública, que acontecem entre 22 e 31 de Julho, na Holanda. Entretanto, por falta de verba, André não conseguiu se inscrever neste ano, mas o ano que vem ele garante que vai até o Canadá — país que sediará o evento em 2023 — para competir.

Até chegar a hora, o atleta ainda tem dois compromissos no Brasil em 2022. Trata-se do Veterano, que acontece nos dias 5 e 6 de agosto, em Joinville (SC), e o Mundial de Veteranos, marcado para acontecer entre 7 e 11 de setembro, em Krakow, na Polônia.

Porém, segunda o atleta, o evento deve ser remanejado de lugar por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia. O novo lugar deve ser no ou em Salvador.

Para não acontecer o mesmo que no Mundial de Segurança, André está buscando apoio e patrocínio para conseguir competir e levar o nome de Mato Grosso do Sul para importantes competições de Judô do mundo.

“Atualmente eu treino judô e malho com meu personal. Então eu preciso de um apoio na parte de suplementação, na parte de nutricionista, até mesmo de lojas de materiais de esporte, para fornecer roupas para treinamento e agasalhos para ir para as competições. E também incentivo financeiro, já que gasta muito para bancar as viagens”, explica.

Quem tiver interesse e pode ajudar André a arrecadar os incentivos, pode entrar em contato com o número (67) 9 9686-8204.