A seleção da continua fazendo história sob o comando de Lionel Scaloni. Nesta terça-feira, a campeã da passou enorme sufoco em visita ao Equador, cedeu o empate por 1 a 1 com pênalti polêmico no fim, mas somou seu 31° jogo sem derrota. Com o resultado positivo, iguala a série invicta de 1991 a 1993, quando era dirigida por Alfio Basile.

Pode bater o recorde ainda nas Eliminatórias Sul-Americanas, pois o jogo adiado contra o Brasil, na Neo Química Arena, em São Paulo, tende a ser remarcado. As seleções não queriam refazer o encontro, mas podem ser “obrigadas” a jogar.

Apesar de as seleções já estarem classificadas com antecedência à do Catar, não havia clima de amistoso para Equador e Argentina. Ambas tinham motivos para buscar um resultado positivo no Estádio Monumental, em Guayaquil.

Os donos da casa queriam retribuir o apoio dos equatorianos em toda a campanha das Eliminatórias. As arquibancadas estavam lotadas, com mais de 60 mil pessoas à espera de um triunfo sobre os argentinos. A seleção de Messi, escalado por Scaloni, por outro lado, queria igualar o recorde de 31 partidas sem derrotas conquistado entre 1991 e 1993, sob a direção de Alfio Basile.

Empurrado por um “mar amarelo”, o Equador tratou logo de alugar o campo ofensivo. Foi um sufoco gigantesco para o goleiro Rulli, com a bola passando a todo momento perto do gol. Nada, porém, de finalização perigosa. O ímpeto ofensivo equatoriano, contudo, acabou deixando brechas na defesa. Algo fatal contra um rival de grande qualidade.

Depois de suportar a enorme pressão, a Argentina abriu o marcador em seu melhor estilo. Atacou trocando passes curtos e rápidos aproveitando os espacos e Tagliafico cruzou para Julian Álvarez fazer 1 a 0 após duas tentativas. No segundo giro, mandou para as redes.

O Equador voltou do intervalo com mudanças. E com 13 segundos, Caicedo quase empata em um gol de placa. Deu chapéu no marcador e mandou de primeira, para fora. O clima era idêntico aos primeiros 45 minutos. Em um erro na saída argentina, a bola sobrou para Mena soltar uma bomba, novamente saindo por pouco.

Até então disputado de maneira leal, o jogo “esquentou” com bate boca, troca de empurrões e muita confusão entre os jogadores. Árbitro da final do Paulistão, no domingo, Raphael Claus te e de entrar em ação para esfriar os ânimos. Sobrou cartão amarelo até para o técnico da Argentina.

A Argentina se segurava como podia quando uma cabeçada, já no fim, toca na mão de Tagliafico, que tenta tirar o braço. Apesar de não existir a intenção, o VAR chamou Claus, que optou por anotar o polêmico pênalti. Ener Valencia bateu, Rulli espalmou, mas o capitão pegou o rebote e empatou para festa gigante em Guayaquil. Ainda fez dancinha com o são-paulino Arboleda.

No fim, o empate ficou de bom tamanho para ambos, com equatorianos fazendo festa pela reação e argentinos festejando o recorde. O clima quente do segundo tempo deu lugar a abraços e apertos de mãos entre os rivais.