O Santos enfim voltou a vencer no Paulistão. Após levar 3 a 0 da Ponte Preta, o time da Vila Belmiro reagiu com um triunfo sobre a Inter de Limeira por 2 a 1, neste domingo, em casa. Com um a menos durante a maior parte do segundo tempo, os anfitriões contaram com duas falhas graves da defesa rival para balançar as redes.

Foi apenas a segunda vitória do Santos no Estadual – a primeira foi sobre o Ituano, em março, antes da paralisação do campeonato Desde então, foram dois tropeços seguidos no Estadual. Se levar em conta também a Copa Libertadores, o time vinha de três jogos sem vitória.

Mais uma vez, o técnico Ariel Holan apostou numa formação diferente, testando reservas e jogadores mais jovens, o que causou falta de entrosamento e muitas dificuldades ao Santos neste domingo. A vitória veio mesmo assim, graças a dois erros da Inter de Limeira: um gol contra, no primeiro tempo, e uma falha grosseira do goleiro Rafael Pin, no segundo tempo.

O triunfo, além de trazer alívio ao treinador, levou o Santos à liderança do Grupo D, com nove pontos. Superou o Mirassol, que tem oito e ainda não jogou na rodada. Já a Inter segue na lanterna do Grupo A, com apenas três pontos e chances remotas de buscar uma vaga nas quartas de final.

Como aconteceu diante da Ponte Preta, o Santos voltou a contar com uma formação alternativa neste domingo. Dos titulares, somente Vinícius Balieiro começou jogando, apesar da expectativa de Holan iniciar com Soteldo, como havia indicado em sua última entrevista coletiva.

Desta vez, o treinador mudou até mesmo o esquema tático santista, algo que ainda não vinha fazendo. O treinador escalou três zagueiros, numa aposta que não deu certo durante a maior parte do jogo. Ora a equipe atuava com cinco defensores, ora buscava o ataque com até seis homens.

No primeiro tempo, nem um setor e nem outro foi efetivo, apesar de o Santos sair na frente. Mas o gol, aos 16 minutos, contou com uma ajuda do rival. Após cobrança de escanteio na área, Deivid se posicionou mal e desviou contra as próprias redes. O Santos só levava perigo em lances de bola parada, como este.

Mas como também não rendia bem na defesa, muito em razão da falta de entrosamento, o empate não demorou para acontecer. Aos 28, um erro na saída da zaga permitiu a jogada de Rondinelly, que deu belo passe para Lucas Batatinha entrar na área e bater de cavadinha, com estilo, vencendo o goleiro Vladimir e dois zagueiros santistas. O empate refletia o equilíbrio do duelo, disputado então sob forte chuva.

O Santos voltou para o segundo tempo com Wellington e Sandro, reajustando o meio-campo, agora reforçado por Vinícius Balieiro, que atuou como lateral na etapa inicial. Mas a efetividade da troca foi logo anulada pela expulsão de Guilherme Nunes por falta dura em Elacio Córdoba. Com a exclusão do volante, o time da casa seguia com dificuldades no meio.

Em desvantagem numérica, Holan apostou nas referências santistas: Soteldo e Marinho entraram em campo. Mas a dupla não afetou a atuação desequilibrada do Santos. Novamente, as boas chances só surgiam na bola parada. Aos 36, Marinho levou perigo em cobrança de falta.

Cinco minutos depois, Soteldo cobrou falta na área e, mais uma vez, o Santos contou com nova ajuda da defesa da Inter para marcar. O goleiro Rafael Pin saiu para defender com tranquilidade, mas deixou a bola escapar. Bruno Marques completou para as redes e garantiu a vitória dos anfitriões.