Fifa aprova estudo sobre a realização da Copa do Mundo a cada dois anos

A Fifa aprovou nesta sexta-feira, durante o seu 71.º Congresso, realizado de maneira remota em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, um estudo de viabilidade sobre a realização da Copa do Mundo – tanto a masculina quanto a feminina – a cada dois anos. Não há um prazo determinado para tal documento ser concluído. […]

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A Fifa aprovou nesta sexta-feira, durante o seu 71.º Congresso, realizado de maneira remota em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, um estudo de viabilidade sobre a realização da Copa do Mundo – tanto a masculina quanto a feminina – a cada dois anos. Não há um prazo determinado para tal documento ser concluído.

De acordo com o presidente Gianni Infantino, é necessário que os dirigentes futebolísticos tenham a cabeça aberta acerca do assunto. “É uma maneira de promover o futebol. Há que se estudar o que podemos fazer para

estimular o esporte. Devemos ter a mente aberta. Sabemos o que representa a Copa do Mundo. É necessário ver como se pode encaixar no calendário internacional, ver os métodos de classificação. Os torcedores querem ver partidas mais importantes. A prioridade será o esportivo e não o comercial”, disse.

O primeiro passo para essa ideia já foi dado: com 166 votos a favor e apenas 22 contra, o Congresso da Fifa aprovou nesta sexta-feira a proposta feita pela Federação de Futebol da Arábia Saudita de realizar um estudo sobre os impactos de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos.

Infantino falou com algum entusiasmo sobre a ideia. “Os clubes podem ganhar cinco ou seis títulos por ano. As seleções só podem ganhar um a cada quatro, ou a cada dois anos. E a maioria das seleções nem sequer se classifica para a Copa do Mundo”, afirmou

Uma das primeiras ações de Infantino (que foi eleito em 2016 e reeleito em 2019) como presidente da Fifa foi aumentar o número de participantes das Copas do Mundo: a masculina para 48 seleções, a partir de 2026, e a feminina para 32, a partir de 2023.

A ideia também já foi defendida publicamente pelo francês Arsène Wenger, ex-treinador do Arsenal e atual Chefe de Desenvolvimento Global da Fifa, no ano passado. Segundo ele, a celebração do torneio não está ligada ao tempo de espera, mas sim sobre sua imagem e competitividade. Wenger utilizou a Liga dos Campeões da Europa como exemplo, que é disputada todo ano e mesmo assim continua consumida.

Desde a sua criação, em 1930, no Uruguai, a Copa do Mundo sempre foi disputada a cada quatro anos – com exceção às edições de 1942 e 1948, que não foram disputadas devido à Segunda Guerra Mundial. A última edição, vencida pela França foi realizada em 2018, na Rússia, e a próxima ocorrerá em 2022, no Catar – pela primeira vez, o torneio será jogado nos últimos meses do ano, para amenizar o calor no Oriente Médio.

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