Sem objetividade, Corinthians perde de virada para o Água Santa em Diadema

O Corinthians deu vexame neste sábado de carnaval. Com um futebol pouco criativo e sem objetividade e falhando na defesa, perdeu de virada para o Água Santa, por 2 a 1, em Diadema, pela sétima rodada do Campeonato Paulista. Com isso, perdeu a chance de assumir o primeiro lugar do Grupo D, liderado pelo Guarani […]

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O Corinthians deu vexame neste sábado de carnaval. Com um futebol pouco criativo e sem objetividade e falhando na defesa, perdeu de virada para o Água Santa, por 2 a 1, em Diadema, pela sétima rodada do Campeonato Paulista.

Com isso, perdeu a chance de assumir o primeiro lugar do Grupo D, liderado pelo Guarani com nove pontos, e, pior, com oito, pode ser ultrapassado neste domingo pelo Red Bull Bragantino, que tem o mesmo número de pontos e enfrenta o Santo André, e deixar a zona de classificação. O time de Diadema chegou a oito pontos no Grupo A e está mais longe da zona de rebaixamento.

O Corinthians volta a jogar pelo Paulistão na quarta-feira, contra o Santo André, em Itaquera. O Água Santa enfrenta o Guarani, em Campinas, na sexta.

O JOGO – O Água Santa começou a partida preocupado apenas em marcar o Corinthians. O objetivo era encurtar os espaços para o adversário e impedi-lo de armar jogadas, ainda que para isso tivesse de apelar para faltas. Cantillo e Camacho eram vigiados de perto, em uma tentativa de evitar que iniciassem lances ofensivos.

Mas a tática não deu certo. O time de Diadema mais “cercava” do que “mordia” e com isso havia espaços. E na primeira vez que chegou, o Corinthians marcou. Fágner cruzou da direita à meia-altura, Vagner Love ia se enrolando com a bola, mas conseguiu girar o corpo e ajeitá-la para bater firme, na saída de Giovanni. Foi o primeiro gol de Love nesta temporada.

O gol não alterou o panorama tático da partida. Mas deu mais tranquilidade ao Corinthians para tocar a bola com paciência, à espera da abertura de espaços. E eles surgiam mais pelo lado direito, com Luan e Fágner. Yony González por vezes saiu da esquerda para o meio e Love, jogando um pouco mais atrás como segundo atacante, conseguia posicionar-se perto de Boselli, o corintiano mais avançado.

Com isso, o time dominava totalmente o jogo, mas as duas boas chances quase seguidas que teve para ampliar surgiram de bolas alçadas na área do Água Santa: aos 15, Luan bateu escanteio fechado e Giovanni conseguiu impedir o gol olímpico e aos 19, após bola levantada do lado direito, Pedro Henrique cabeceou livre, mas em cima do goleiro. Já as tentativas de chegar ao gol por meio de jogadas trabalhadas eram invariavelmente frustradas por erros de passe.

O domínio do Corinthians, porém, não evitou que o Água Santa empatasse na primeira vez que chegou ao gol de Cássio, aos 31 minutos: Abner cruzou da esquerda na segunda trave onde Dadá, livre, escorou para Luan Dias, também sem marcação mais próxima, ajeitou a bola e, quase da entrada da pequena área, bateu forte para superar Cássio.

O Corinthians caiu de produção. Continuava a manter a bola na maior parte do tempo, mas sem efetivamente causar problemas para o adversário. Yony González estava sumido em campo, Love apresentou queda de rendimento e, com isso, Boselli ficou isolado. Luan passou a se movimentar mais, sem no entanto construir algo efetivo. E os laterais também deixavam a desejar no apoio.

Como o Água Santa nem com a igualdade criou coragem, o primeiro tempo acabou por terminar da maneira mais indicada para o que ocorreu em campo nos últimos 15 minutos: empatado.

Tiago Nunes percebeu a necessidade de abrir espaços e voltou do intervalo com Everaldo no lugar de Vagner Love. A ideia inicial era colocar Everaldo bem aberto pelo lado esquerdo e deslocar Yony González para o lado direito.

Também adiantou um pouco o posicionamento do time. Mas as duas primeiras chances do Corinthians na segunda etapa foram em lances de bola parada. Luan cobrou ambas as faltas. Aos 6, a bola desviou na barreira e foi para escanteio; aos 9, Giovanni espalmou por cima do travessão, evitando o gol. Na cobrança do escanteio, Gil cabeceou rente à trave, para fora.

O fato é que a estratégia de Tiago Nunes não deu resultado, uma vez que Yony e Everaldo quase não eram lançados e aos 19 minutos o treinador resolveu tirar o colombiano e colocar Pedrinho, cuja entrada já era pedida pela torcida.

A intenção era melhorar a construção de jogadas. Mas de novo o resultado não foi o esperado. O Corinthians continuava pecando por falta de objetividade e como o Água Santa se posicionava atrás, evitando se arriscar muito.

O nível da partida caiu bastante. O goleiro Giovanni tinha pouco trabalho. Fez uma defesa fácil em chute de longe de Everaldo e viu Boselli concluir para fora. Do outro lado, Cássio tinha menos trabalho ainda.

O treinador corintiano, então, tentou a última cartada: tirou o apagado Luan e colocou em campo Mateus Vital. Somente depois disso é que Pedrinho, após 14 minutos em campo, fez sua primeira boa jogada, lançando na esquerda da Lucas Piton penetrar livre e bater cruzado, com perigo, aos 33. Mas no minuto seguinte, Camacho parou Dadá com falta e, como já tinha cartão amarelo, levou o segundo e acabou expulso.

Novamente a mudança feita por Tiago Nunes não deu resultado. O time continuou sem alternativa de jogadas e sem assustar a defesa do Água Santa. A equipe de Diadema também não tinha muito apetite ofensivo, mas aos 46 minutos Robinho, que entrara um pouco antes, fez bela jogada, passou por dois corintianos, Pedro Henrique e Fágner, e chute forte na saída de Cássio para virar a partida e dar ao Corinthians um castigo merecido pela falta de objetividade. Aos jogadores do time alvinegro, restou reclamar do fato de a bola ter batido na mão de Robinho no lance do gol, algo ignorado pelo árbitro Flávio Rodrigues de Souza.

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