Quando iniciaram os boatos de um retorno de Mike Tyson aos ringues o nome de Evander Holyfield surgiu em primeiro lugar, muito por causa da “Luta da Mordida”, em 1997. Mas o Iron Man logo disse: “Não vai ser ele o meu adversário. O cara que estou escolhendo é muito melhor. É uma lenda.”

Nesta quinta-feira, Roy Jones Jr. , de 51 anos, foi apresentado como o escolhido para dividir o ringue com Tyson, em 12 de setembro, em Los Angeles, em uma luta exibição. Jones tem seu nome na história da nobre arte como um dos mais técnicos lutadores de todos os tempos. Foi campeão dos médios, supermédios, meio-pesados e pesados. Ele lutou até 2018, com 49 anos. Somou 66 vitórias (47 nocautes) e nove derrotas.

Com um jogo de pernas rapidíssimo e coordenação assombrosa nos golpes, Jones mostrou saber entrar e sair do raio de ação dos adversários como poucos lutadores fizeram no . Além disso, o pugilista nascido em Pensacola, na Flórida, tinha potência em ambos os punhos.

Como meio-pesado, Jones chegou a unificar os quatro principais cinturões do internacional (CMB, OMB, AMB e FIB), ao bater rivais importantes como Mike McClallum, Antonio Tarver, Glen Johnson e Reggie Johnson. Em 2003, se tornou campeão dos pesos pesados, ao bater John Ruiz, após 12 impressionantes rounds.

Jones mostrou desde jovem que seria um astro da nobre arte. Em 1988, na Olimpíada de Seul, teve a medalha de ouro “roubada” na decisão dos jurados, que deram a para o sul-coreano Park Si-Hun, por 3 a 2. Na contagem dos golpes após os três roundes, o americano somou 86 contra 32 do asiático, que, constrangido após o resultado, chegou a levantar o braço de Jones.

Em 2008, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu a Jones uma medalha de ouro, que não foi aceita. “Vinte anos depois ela nada vale para mim.”