Com um gol de Cavani, o bateu o por 1 a 0, na noite desta segunda-feira, no Maracanã, e fechou a primeira fase da na liderança do Grupo C. O gol do atacante do foi marcado instantes depois de um torcedor uruguaio invadir o gramado, correr animado pelo campo e ter seu momento reprovável encerrado por uma rasteira do zagueiro chileno Jara.

Classificado em primeiro lugar, com sete pontos, o Uruguai vai enfrentar o Peru, na Fonte Nova, no sábado, às 16 horas. Já o Chile, segundo colocado da chave com sete pontos, terá pela frente a Colômbia, sexta-feira, na Arena Corinthians, às 20 horas.

Foi a primeira vez nesta Copa América que o Maracanã recebeu um público digno de seu tamanho. Ao todo, 49.275 pagantes acompanharam a esse que foi um dos principais jogos da primeira fase da competição. A maioria da torcida era composta por chilenos.

Animados, os torcedores do Chile estavam desde sábado fazendo festa pelas ruas do Rio, e não foi diferente na noite desta segunda no Maracanã. O hino do país tocado no protocolo oficial antes do jogo foi encerrado com a torcida cantando à capela. E quando a bola rolou, os chilenos conseguiram a façanha de, em mais de um momento, abafar o grito dos uruguaios nas arquibancadas, cuja torcida é reconhecidamente das mais atuantes nos estádios.

Faltou, contudo, os jogadores responderam à animação em campo. O Chile teve mais volume de jogo na primeira etapa, mas não conseguiu traduzir isso em chances claras de gol. Sánchez atuou feito um ponta das antigas pelos dois flancos, mas sem criar oportunidades claras. Vargas, mais centralizado, foi inoperante. Aránguiz, vindo de trás, era quem parecia mais lúcido – mas aí lhe faltava alguém para tabelar.

Do outro lado, o Uruguai começou acuado, mas aos poucos viu que podia se aproveitar disso para explorar os erros do adversário. Atenta, a dupla de volantes Valverde e Bentancur mais de uma vez conseguir interceptar bolas do Chile na região do círculo central e armar contragolpes, quase sempre a partir de passes para Suárez. O atacante do Barcelona, no entanto, abusou do individualismo e deixou duas vezes de municiar seus companheiros de ataque para finalizar. Isso contribuiu para que Cavani tivesse um primeiro tempo de isolamento, e para que Arrascaeta conseguisse concluir uma única vez em chute da entrada da área.

No segundo tempo, as duas seleções tentaram impor velocidade ao jogo, mas a qualidade caiu. Um festival de lançamentos sem direção, passes errados e disputas aéreas com a bola tomando quase todos os rumos – menos o do gol – foi a tônica da partida até os 28 minutos, quando um torcedor uruguaio invadiu o campo e a partida teve de ser interrompida.

A invasão tinha tudo para ser só mais um daqueles momentos reprováveis e que não merecem maior crédito, mas a forma como o torcedor foi parado parece ter mexido com o brio da seleção uruguaia. Após correr de um lado para outro do campo driblando meio time e meia dúzia de seguranças, o invasor foi derrubado por uma rasteira do chileno Jara. Os uruguaios não gostaram, sendo que Suárez ficou revoltado e exigiu uma atitude do árbitro Raphael Claus. O juiz, porém, mandou a partida recomeçar.

Coincidência ou não, a partir daí o Uruguai foi para cima. E cinco minutos após a partida recomeçar, Suárez jogou a bola para Rodríguez, que cruzou par Cavani. Dessa vez, a bola cabeceada tomou o rumo do gol e definiu a partida.

 

FICHA TÉCNICA:

 

CHILE 0 X 1 URUGUAI

 

CHILE – Arias; Jara (Castillo), Maripán, Paulo Díaz e Opazo; Medel (Lichnovsky), Pulgar, Aránguiz e Hernández; Vargas (Junior Fernandez) e Alexis Sanchez. Técnico: Reinaldo Rueda.

 

URUGUAI – Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e González; Bentancur, Valverde (Coates), Arrascaeta (Jonathan Rodríguez) e Lodeiro (Nández); Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabarez.

 

GOL – Cavani, aos 36 minutos do segundo tempo.

 

ÁRBITRO – Raphael Claus (Fifa/Brasil).

 

CARTÃO AMARELO – González (Uruguai).

 

RENDA – 11.749.970,00.

 

PÚBLICO – 49.275 pagantes.

 

LOCAL – Maracanã, no Rio (RJ).