Quatro atletas correm 12 horas seguidas para alimentar 27 famílias em Dourados

Se depender do esforço, suor e generosidade de quatro pessoas, 27 famílias do Parque das Nações I, na periferia de Dourados,  serão beneficiadas de três a quatro meses. Neste sábado (7), das 6h às 18h, eles deixaram o conforto de suas casas para participarem da quarta edição da Ultramaratona Solidária, com percurso ao redor da […]

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Ele correram das 6h às 18 horas em nome da solidariedade (Foto: Marcos Morandi)
Ele correram das 6h às 18 horas em nome da solidariedade (Foto: Marcos Morandi)

Se depender do esforço, suor e generosidade de quatro pessoas, 27 famílias do Parque das Nações I, na periferia de Dourados,  serão beneficiadas de três a quatro meses. Neste sábado (7), das 6h às 18h, eles deixaram o conforto de suas casas para participarem da quarta edição da Ultramaratona Solidária, com percurso ao redor da Paróquia Santo Elias.Foram 12 horas de entrega total em nome da caridade e que terminaram com a arrecadação de mais de dois mil quilos de alimentos.

Além do gosto pelas corridas de rua, o amor ao próximo é o que une essas pessoas de histórias parecidas, mas  até de lugares diferentes, como  o trabalhador da usina de álcool e de açúcar de Maracaju, Odílio Paredes,59 anos. “Vim aqui porque acredito no ser humano e na sua capacidade de auxiliar quem passa por alguma necessidade”, conta Paredes que ficou entusiasmado com a iniciativa do agente de saúde Itamar Viana, idealizador do desafio.

Segundo Itamar Viana, 44 anos, a cada ano a população fica conhecendo melhor a proposta do grupo e sua verdadeira finalidade.   “Com o passar do tempo a pessoas começam a enxergar o próximo com outros olhos. Eles acabam percebendo que essa é também uma oportunidade de praticar o bem”, disse o ultramaratonista.

Anízio Silva, 45 anos,  também ressalta a importância da ultramaratona para o fortalecimento da comunidade. “Esse é um momento em que a gente se fortalece para continuar correndo em busca de dias melhores não só para a minha vida, na medida em que estou cuidando da minha saúde, como também para as demais pessoas, principalmente as mais necessitadas”.

Apesar do cansaço a funcionária da UEMS (universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Cida Dias, 48 anos, não consegue disfarçar o sentimento de dever cumprido. “Descobri que todos nós podemos fazer alguma pelo outro e não só pela gente e isso é uma sensação praticamente indescritível”, conta a funcionária pública.

“Os alimentos arrecadados serão entregues para as 27 famílias que já estão cadastradas pelos voluntários da nossa comunidade”, explica João Elias,coordenador do conselho paroquial da Conferência São Vicente Palocci.