Mesmo com derrota, flamenguistas não perdem o otimismo: ‘é um ano para comemorar’

O ano de 2019 vai ficar marcado no coração dos flamenguistas e marcado na história do futebol brasileiro. Mesmo perdendo a final do Mundial de Clubes da Fifa neste sábado (21) para o clube inglês Liverpool, por 1 a 0, os rubro-negros em Campo Grande não perderam o otimismo e comemoram a temporada marcada pelos […]

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Torcida apostou na vitória até os instantes finais. (Marcos Ermínio
Torcida apostou na vitória até os instantes finais. (Marcos Ermínio

O ano de 2019 vai ficar marcado no coração dos flamenguistas e marcado na história do futebol brasileiro. Mesmo perdendo a final do Mundial de Clubes da Fifa neste sábado (21) para o clube inglês Liverpool, por 1 a 0, os rubro-negros em Campo Grande não perderam o otimismo e comemoram a temporada marcada pelos títulos.

Campeão do Brasileirão com a maior vantagem de pontos para os rivais da história e maior marca de pontos somados e também campeão da Copa Libertadores sobre o River Plate, após uma virada homérica no fim da partida, com dois gols do atacante Gabigol, o Flamengo encarou hoje de igual para o igual time da terra dos Beatles.

Apesar das lamentações pela derrota, a postura do clube carioca agradou os torcedores, que seguem confiantes em um 2020 tão bom quanto este ano e para hoje, mesmo perdendo o título, montaram uma ‘operação de festa’ na sede da principal torcida organizada da equipe, a Raça Rubro-Negra – 40ª Região, localizada no bairro Amambaí.

“Chegamos às 7h aqui para montar todos os preparativos. Chegamos bem cedo para organizar o salão e receber cerca de 800 pessoas. Instalamos um telão aqui dentro e colocamos uma TV na área externa para quem ficasse lá”, conta o monitor da torcida, Jean Rezende.

Ele ainda se mostrou bastante tranquilo quanto ao resultado de hoje. “Nada vai atrapalhar a festa do Flamengo. Mesmo com a derrota, o ano é de comemorar. O que aconteceu no jogo de nada vai mudar a nossa festa”, completa Jean.

No início, os comandados de Jorge Jesus pressionaram bastante o time inglês, mas foram pouco efetivos nas finalizações. O primeiro tempo terminou sem gols, mas o rubro-negro foi melhor. No retorno para a etapa final, o Liverpool tentou surpreender, mas o Flamengo continuou melhor até pelo menos os 25 minutos.

Daí em diante, o cansaço natural começou a aparecer e o Flamengo passou a ser envolto pelo futebol do Liverpool, que passa por uma maratona de jogos no Campeonato Inglês e também sofre com o desgaste. Ainda assim o time terminou o jogo melhor fisicamente.

O zero a zero permaneceu no placar, levando o duelo para a prorrogação. Aos nove minutos da prorrogação, o brasileiro Roberto Firmino foi cirúrgico e com tranquilidade limpou a marcação para definir marcar o gol da vitória e definir a partida.

“Depois de 1981, esse é mais um ano de história. O título seria a coroação de uma temporada história”, comenta o vigilante de 43 anos, Ricardo Rodrigues, durante a partida em meio a cânticos da Raça Rubro-Negra e do hino do clube.

Já Gustavo Godoy Bley, contabilista de 43 anos, revelou sofrimento desde o primeiro minuto de jogo. “Cheguei às 13h. Se o título viesse, a gente só ia confirma que estamos em outro patamar mesmo, como já estamos no Brasileirão”.

Já Graziele Reche, de 37 anos, é administradora e flamenguista fanática. Assim, como não poderia ser diferente, não perderia de acompanhar um momento histórico como o de hoje. “Sou frequentadora assídua da torcida e apaixonada pelo Flamengo. Já até larguei namorado por causa do Rubro-Negro”, comenta a torcedora.

Durante a partida, mesmo com a melhora do Liverpool e o evidente cansaço do Flamengo, ela seguiu confiante na vitória. “Vira”, bradou, apostando em algo semelhante ao que aconteceu na final da Libertadores contra o River Plate. Para azar dela e da massa flamenguista pelo Brasil, a virada não veio, mas a festa continua mesmo assim.

Ação social

Além dos títulos, a torcida flamenguista ficou marcada em 2019 pelas ações sociais. De acordo com Jean Rezende, só na final da Libertadores foram arrecadados mais de duas toneladas de alimentos, revertidas em 40 cestas básicas doadas para criança carentes no bairro Bom Retiro, em parceria com a Pastoral de Campo Grande.

“Em novembro fizemos uma campanha e doamos sangue no Hemosul. Conseguimos levar 85 torcedores para fazer a doação”, explica o monitor da torcida, que nos Dia das Crianças, também levou 65 crianças do Bom Retiro para a sede, onde ganharam presentes e puderam aproveitar o dia de festa. “O nosso diferencial é a parte social”, frisa Jean.

 

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