Após seis anos de sua última decisão, o voltou à final da Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, na Arena da Baixada, em , ao derrotar o Grêmio nos pênaltis, por 5 a 4, depois de fazer 2 a 0 no tempo normal, devolvendo o placar obtido pela equipe gaúcha no confronto de ida do mata-mata. Santos foi o grande herói da classificação ao defender a cobrança batida por Pepê. O rival na decisão será definido ainda na noite desta quarta, no duelo de volta entre Internacional e Cruzeiro, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

O Grêmio sentiu muito a ausência de Everton. O atacante estava suspenso e acabou fazendo falta no setor ofensivo da equipe tricolor, que praticamente foi anulado na capital paranaense. Já o Athletico aproveitou o fator casa para seguir vivo na briga pelo título.

O jogo começou “pilhado”. Os atletas reclamavam muito a cada decisão do árbitro. Os gremistas, principalmente, já que questionaram uma não marcação de um pênalti, após Pedro Geromel cabecear a bola no braço de Wellington. Wagner do Nascimento Magalhães consultou o VAR (arbitragem de vídeo), mas deixou a partida continuar.

O Athletico aproveitou do momento para crescer na partida e acabou abrindo o placar, em uma bela jogada, aos 16 minutos. Rony foi lançado na direita. O atacante pegou de primeira e rolou para trás. Bruno Guimarães chegou batendo e acertou a bola no travessão de Paulo Victor. Na sobra, Nikão soltou o pé para empurrar para as redes.

O time paranaense continuou com mais volume de jogo até o final da primeira etapa, mas não conseguiu ameaçar de forma efetiva o gol de Paulo Victor. A melhor oportunidade veio em chute de fora da área de Bruno Guimarães, por cima. Já o Grêmio apenas se defendeu, com exceção de uma cabeçada de Alisson, parou em Santos.

No segundo tempo, o Athletico sufocou o Grêmio e precisou de apenas três minutos para ampliar. Rony recebeu pelo lado esquerdo, tirou o marcador da jogada e cruzou na cabeça de Marco Ruben, que só desviou para fazer 2 a 0.

Após o gol, o time de Tiago Nunes começou a jogar no contra-ataque e surpreendeu o Grêmio em uma arrancada de Léo Cittadini. O meia acabou sendo parado por uma entrada violenta de Kannemann, expulso. Apesar de ficar com dez homens em campo, o time gaúcho teve um gol anulado, logo na sequência. David Braz estava em posição irregular, quando conseguiu cabecear para o fundo das redes, nada valeu.

O susto acordou o Athletico, que foi para o abafa e jogou o Grêmio para o campo de defesa. O time paranaense pressionou, mas não conseguiu achar o terceiro. E por muito pouco não colocou tudo a perder. Em jogada de David Braz, Marco Ruben desviou contra o próprio gol, mas Santos acabou salvando e levando o duelo para os pênaltis.

PÊNALTIS – Bruno Guimarães abriu as cobranças e mandou no meio para colocar o Athletico na frente. Thiago Galhardo empatou e provocou os torcedores presentes na Arena da Baixada. Na sequência, Lucho, David Braz, Nikão, Alisson, Marcelo Cirino, Matheus Henrique e Marco Ruben marcaram. Na quinta cobrança gremista, Pepê ficou na defesa de Santos, que assegurou a classificação rubro-negra.

 

FICHA TÉCNICA

 

ATHLETICO-PR 2 (5) X (4) 0 GRÊMIO

 

ATHLETICO-PR – Santos; Khellven, Lucas Halter, Robson Bambu e Márcio Azevedo; Wellington (Marcelo Cirino), Léo Cittadini (Lucho González) e Bruno Guimarães; Nikão, Marco Rúben e Rony (Vitinho). Técnico: Tiago Nunes.

GRÊMIO – Paulo Victor; (Rafael Galhardo), Pedro Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Rômulo, Matheus Henrique, Alisson, Jean Pyerre (Thaciano) e Pepê; André (David Braz). Técnico: Renato Gaúcho.

 

GOLS – Nikão, aos 16 minutos do primeiro tempo; Marco Rúben, aos três do segundo.

 

ÁRBITRO – Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).

 

CARTÕES AMARELOS – Bruno Guimarães, Lucas Halter, Marcelo Cirino, Marco Ruben e Tiago Nunes (Athletico-PR); Rômulo (Grêmio).

 

CARTÃO VERMELHO – Kannemann (Grêmio).

 

RENDA – R$ 1.370.315,00.

 

PÚBLICO – 28.841 torcedores;

 

LOCAL – Arena da Baixada, em Curitiba (PR).