Brasileira campeã mundial de esgrima vibra com ouro inédito e homenageia pai

Ao conquistar o inédito ouro para o Brasil na esgrima, Nathalie Moellhausen vibrou muito no Mundial que está sendo realizado em Budapeste, na Hungria. Na comemoração, beijou a tatuagem que tem no pulso esquerdo, aos prantos. “Foi isso mesmo! Eu tenho uma tatuagem dedicada a ele. O meu pai foi a pessoa que mais acreditou […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Foto: Reprodução/FIE)
(Foto: Reprodução/FIE)

Ao conquistar o inédito ouro para o Brasil na esgrima, Nathalie Moellhausen vibrou muito no Mundial que está sendo realizado em Budapeste, na Hungria. Na comemoração, beijou a tatuagem que tem no pulso esquerdo, aos prantos. “Foi isso mesmo! Eu tenho uma tatuagem dedicada a ele. O meu pai foi a pessoa que mais acreditou em mim todos esses anos, que mais me incentivou a chegar tão longe”, disse ao Estado.

A atleta de espada homenageou o alemão Philippe, que faleceu no ano passado, aos 63 anos. “Eu dedico a ele essa medalha. Infelizmente, meu pai nos deixou ano passado mas eu fiz uma promessa a ele que eu iria ganhar e que nunca iria desistir até chegar ao meu objetivo”, continuou a esgrimista, que nasceu na Itália, mas representa o Brasil desde 2014 – sua mãe é a estilista brasileira Valeria Ferlini.

O caminho até o título mundial foi longo. Ela disputou a fase classificatória e venceu seus seis duelos. Depois, na fase final, começou a superar suas adversárias, passando pela polonesa Renata Knapik-Miazga (15 a 12) e pela chinesa Mingye Zhu (15 a 10). Depois, nas quartas de final, ganhou de 11 a 10 de Lis Rottler, de Luxemburgo, em combate decidido no golden score.

Já tinha garantido um lugar no pódio, pois não há disputa de medalha de bronze. Só que ela queria mais. Ganhou de Man Wai Vivian Kong, de Hong Kong, por 15 a 11, e na final destronou a chinesa Sheng Lin por 13 a 12, também no golden score. “Trabalhei minha vida toda para isso e esse dia chegou. É a medalha mais importante da minha vida e representando o Brasil foi ainda a mais gostoso do que todas as outras”, explicou.

Aos 33 anos, ela entra para a história da modalidade no Brasil e provou que com muito esforço o resultado pode vir, mesmo em um momento que já projeta o fim de sua trajetória. “Tudo o que eu abri mão, todo o esforço, todas as vezes em que eu pensei em desistir… É o dia mas feliz de todos e fez valer todos esses momentos. Quero concluir a minha carreira de atleta ano que vem com os melhores resultados para o Brasil”, revelou.

Com o resultado inédito, Nathalie só quer saber de festejar e saborear um pouco o melhor momento de sua carreira. “Posso dizer que quero aproveitar um pouco esse meu título. Atualmente sou a número 4 do mundo, a número 1 na classificação olímpica, campeã mundial e já estou classificada para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. O que eu posso querer mais?”, concluiu, rindo.

Conteúdos relacionados

brasil