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Brasil sofre pressão, mas “aula” com Costa Rica mostra que nem tudo vai mal

A estreia da seleção brasileira na Copa de 2018 não foi desastrosa, mas o empate com a Suíça criou o primeiro foco de pressão em Tite e seus comandados. A receita ideal para dissipar os sinais de instabilidade era um Brasil avassalador diante da Costa Rica, mas não foi bem o que aconteceu. Um primeiro […]
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A estreia da seleção brasileira na Copa de 2018 não foi desastrosa, mas o empate com a Suíça criou o primeiro foco de pressão em Tite e seus comandados. A receita ideal para dissipar os sinais de instabilidade era um avassalador diante da Costa Rica, mas não foi bem o que aconteceu. Um primeiro tempo tenso, com poucas grandes jogadas, alguns sustos na retaguarda e bastante nervosismo. A guinada positiva veio depois do intervalo, com 52 minutos de pressão ininterrupta em cima da defesa costarriquenha e dois gols.

Esses gols só saíram nos acréscimos, mas a atuação da segunda etapa inteira, chamada de “aula” por Tite, mostra que nem tudo vai mal na seleção brasileira. Em meio à pressão, lesões que atrapalham o planejamento, lances duvidosos de arbitragem e a estrela maior ainda em busca de forma e ritmo, a metade final do segundo jogo do Brasil na Copa é um horizonte que mostra a força do time quando as peças se encaixam.

“No primeiro tempo, eu concordo. No segundo, deu aula. Grande segundo tempo. Grande segundo tempo. Três vezes: grande segundo tempo. Conseguiu botar volume, precisão, Navas [goleiro costarriquenho] jogou muito. No primeiro tempo não, o início foi nervoso, errando passe”.
A frase exata de Tite pode parecer hiperbólica para uma vitória de um dos principais cotados como favoritos na sobre a Costa Rica, com dois gol já depois dos 90 minutos regulamentares. Os números, entretanto, estão firmemente do lado do treinador brasileiro.
Depois de chutar a gol só sete vezes na etapa inicial, uma delas em direção ao gol, a seleção metralhou Keylor Navas com 16 finalizações, metade delas no alvo. Na segunda etapa inteira, a Costa Rica só finalizou uma vez, ficando acuada durante todo o tempo. Reflexo das mudanças, especialmente a entrada de Douglas Costa, que “abriu” o time e fez o lado direito voltar a ter participação na construção de jogadas.

A “aula” citada por Tite, entretanto, transcende estatísticas e táticas. O Brasil mostrou firmeza e frieza diante da adversidade. Martelou, martelou e martelou até o último segundo de jogo, bem depois dos 45 minutos previstos, baseando-se na posse de bola e sem apelar de forma exagerada para o chuveirinho. Insistiu e arrancou em São Petersburgo, quando a janela de probabilidade parecia se fechar, os três pontos que queria para afastar o gosto amargo da estreia.

“A seleção soube administrar o jogo e, mais importante, ter paciência. No momento certo, agressividade. Está todo mundo de parabéns pelo empenho, dedicação, organização, conseguimos buscar o resultado”, disse depois da partida.

A seleção também mostrou na etapa final suas alternativas e a força do banco de reservas. Firmino entrou e jogou ao lado de Gabriel Jesus, ajeitando de cabeça no gol de Coutinho e trazendo perigo à defesa costarriquenha. Douglas Costa incendiou o jogo, mas acabou sofrendo uma lesão na coxa e é dúvida na sequência do Mundial.

Até Neymar mostrou evolução, para além de marcar seu primeiro gol na Copa. Jogou mais coletivamente, teve um pênalti anulado pelo VAR e terminou a partida com 63 passes, contra 38 da estreia (números são da Fifa).

A lesão de Douglas Costa mostra que as adversidades não terminaram para Tite. A classificação ainda não está garantida, e a vitória da Alemanha sobre a Suécia neste sábado reacende a possibilidade de uma reedição das semis de 2014 ainda nas oitavas de final. Caso o treinador brasileiro consiga fazer a seleção repetir, desde o início das próximas partidas, a atuação do segundo tempo diante da Costa Rica, terá bem menos motivos para se preocupar.

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