SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Por um momento o Cruzeiro se mostrou afetado pelas decisões erradas da arbitragem, no primeiro tempo, quando teve um gol mal anulado e uma falta não marcada em Arrascaeta terminou em pênalti para o Atlético-PR. Mas a Raposa se reencontrou na etapa final e virou, com direito ao primeiro gol de Barcos com a camisa celeste. O triunfo por 2 a 1, neste domingo (22), no Mineirão, pela 14ª rodada, coloca o time mineiro na 3ª colocação.

Já o Atlético-PR figura na outra ponta da tabela. Foi a oitava derrota em 14 partidas. São apenas dez pontos conquistados. A penúltima colocação pode até virar lanterna nesta segunda-feira, caso o Ceará supere o Internacional, em Porto Alegre.

Mais uma vez o camisa 10 do Cruzeiro foi decisivo. O uruguaio Arrascaeta se tornou o dono da equipe e participa de toda as principais jogadas ofensivas, seja concluindo ou passando para os companheiros. Não foi diferente contra o Atlético-PR. Além do gol de empate, Arrascaeta foi o jogador cruzeirense que mais levou perigo ao gol defendido por Santos.

Ao contrário de Arrascaeta, que parece jogar melhor a cada rodada, Thiago Neves faz o inverso. O camisa 30 celeste destoa dos companheiros de equipe e participa pouco da partida. Mesmo assim, nas poucas vezes que toca na bola, Thiago não mostra o poder de decisão de outros momentos.

Muita movimentação e bastante participação. Mesmo sem receber tantas bolas para finalizar, Barcos teve uma boa atuação. A importância do centroavante ganha destaque com o gol da virada, mas o camisa 28 do Cruzeiro fez mais do que isso, provando que foi uma contratação acertada.

Para evitar a escalação de uma equipe inteira com jogadores reservas, o técnico Mano Menezes vai alterar alguns titulares a cada rodada do Brasileirão. Diante do Atlético-PR foi a vez de o lateral esquerdo Egídio ficar no banco de reservas. Jogou Marcelo Hermes. Preservado no jogo anterior, contra o América-MG, o volante Lucas Silva retornou ao time, no lugar do capitão Henrique, que estava suspenso e facilitou o rodízio feito por Mano Menezes.

Trocando bons passes e evitando sofrer pressão do Cruzeiro, o Atlético-PR teve a primeira grande chance da noite, logo aos 11 minutos. Mas o meia Guilherme não aproveitou a oportunidade. Mesmo sem estar na melhor posição para finalizar, o camisa 17 do Furacão não concluiu bem uma das boas trocas de passes do Atlético-PR.

É fato que o Cruzeiro não fez um grande primeiro tempo. Mas não tem como deixar passar os erros de arbitragem diante do Atlético-PR. Foram pelo menos dois lances cruciais no resultado parcial, que era 1 a o para o time visitante, no intervalo. Aos 20 minutos um gol mal anulado de Barcos, em jogada que a arbitragem assinalou impedimento de Robinho, que estava na mesma linha de Jonathan. Depois o lance que originou o pênalti convertido por Guilherme. A jogada começou com uma falta de Jonathan em Arrascaeta, não marcada pelo juiz Jean Pierre.

As duas vitórias consecutivas no Brasileirão, após a Copa do Mundo, colocaram o Cruzeiro na terceira colocação. Mas para se manter na posição, a Raposa torce contra o Internacional. Nesta segunda o time gaúcho recebe o lanterna Ceará. O Cruzeiro torce para que o Inter não seja o vencedor.

CRUZEIRO
Fábio, Edílson, Dedé, Léo e Marcelo Hermes; Lucas Romero, Lucas Silva (Rafinha, aos 19 do 2º), Robinho, Thiago Neves (Raniel, aos 41 do 2º) e Arrascaeta; Barcos (Bruno Silva, aos 38 do 2º).
T.: Mano Menezes.

ATLÉTICO-PR
Santos, Jonathan, Wanderson, Paulo André e Nicolas; Bruno Guimarães (Rosseto, aos 22 do 2º), Lucho González, Guilherme e Nikão (Bruno Nazário, aos 20 do 2º); Bergson e Pablo.
T.: Tiago Nunes.

Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)
Auxiliares: Leirson Peng Martins (RS) e Lucio Beiersdorf Flor (ambos RS)
Cartões amarelos: Edílson (CRU); Guilherme e Bergson (CAP)
Cartão vermelho: Lucho González (CAP)
Gols: Guilherme (CAP), aos 39 minutos do primeiro tempo, Arrascaeta (CRU), aos 20 do segundo tempo, e Barcos (CRU), aos 35 minutos do segundo tempo.