Edinho, filho de Pelé, tem prisão decretada pela Justiça de SP

Órgão condenou Edinho e reduziu a pena de 33 anos para 12 anos

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Órgão condenou Edinho e reduziu a pena de 33 anos para 12 anos

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou nesta quinta-feira (23), o recurso de apelação do ex-goleiro e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, pelo crime de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. A pena de 33 anos e quatro meses de reclusão foi reduzida para 12 anos, dez meses e 15 dias, em regime inicial fechado. Edinho estava esperando o julgamento da apelação em liberdade.

O TJ-SP recomendou que a 1º Vara Criminal de Praia Grande, na qual tramitou a ação penal, expeça o mandado de prisão de Edinho. Assim que for publicado o mandado, Edinho deverá ser preso.

O advogado do ex-goleiro, Eugênio Malavasi, disse que Edinho irá se apresentar espontaneamente no 5º DP de Santos assim que sair o pedido de prisão.

“Ele já me falou que assim que sair, ele vai se apresentar. Mas, vamos entrar com um pedido de habeas corpus para revogar a prisão dele”, falou o advogado.

Os outros envolvidos no processo, com a mesma situação de Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o “Nai”; Maurício Louzada Ghelardi, o “Soldado”; Nicolau Aun Júnior, o “Véio”; e Ronaldo Duarte Barsotti, o “Naldinho”, foram condenados pelo mesmo crime.

Nai deverá cumprir pena de 15 anos de reclusão. Já Soldado e Nick irão ficar 11 anos e quatro meses na prisão. Os mandados de prisão dos três também já foram expedidos. “Naldinho” é considerado foragido. Para alguns, Naldinho foi eliminado por rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC), devido aos vínculos que mantinha com a facção carioca Comando Vermelho. Para outros, ele continua vivo.

O caso

Edinho foi preso com outras 17 pessoas durante a Operação Indra deflagrada em junho de 2005 pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, na Baixada Santista.

Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em fevereiro, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão. Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitas por Edinho.

No dia 21 de dezembro de 2006, a ministra Ellen Gracie havia negado pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador mas, sete dias depois, os advogados pediram reconsideração da decisão. Edinho saiu da Penitenciária de Tremembé no dia seguinte.

No dia 30 de maio de 2014, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final da Justiça. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um habeas corpus para liberar seu cliente.

Em novembro do mesmo ano, o ex-goleiro foi detido no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina. Edinho foi solto no dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.