Coxa, agora, busca por um investidor para trazer o craque

O Coritiba se reuniu no fim da tarde desta terça-feira com o empresário e irmão do Ronaldinho Gaúcho, Roberto de Assis Moreira. O encontro, no Rio de Janeiro, não teve nenhum desfecho, mas foi considerado positivo pelas partes. A busca por um investidor é vista como fundamental para dar certo. 

A conversa envolveu o agente do “Bruxo”, o presidente coxa-branca, Rogério Bacellar, e o diretor de relações internacionais, Juliano Belletti. A diretoria alviverde mostrou seu projeto e como pretende utilizar o meio-campista em ações de marketing, projetando lucros ao atleta. 

O salário oferecido é de R$ 300 mil, com Ronaldinho recebendo participações nas vendas de camisas, aumento no número de sócios e na média de público, ganhando com bilheteria. Placas no estádio que vierem por causa do meia também terão um percentual repassado.

De fato, a negociação é criteriosa e tende a demorar até ter um desfecho. Em clubes anteriores, como Flamengo, Atlético-MG e Fluminense, as conversas se estenderam bastante e o contrato só foi finalizado com todos os pontos bem alinhados, principalmente em vantagem para lado do jogador. 

Assim, a primeira reunião foi mais para os envolvidos se conhecerem pessoalmente e discutirem se a possibilidade existe. E realmente há chance. Uma nova conversa entre eles será marcada para os próximos dias. Gaúcho, além do Coxa, tem o Nacional-URU e mais dois times que disputam a Copa Libertadores como possíveis destinos. 

Na diretoria, por outro lado, a divergência continua nos bastidores. O vice-presidente do clube, Gilberto Griebeler, reafirmou nesta terça-feira, antes do encontro, que é contra a contratação. Ele ainda disse que o técnico Paulo César Carpegiani e o departamento médico não aprovam Ronaldinho. 

– O departamento técnico é contra. O Carpegiani já avisou que não quer um perfil como esse. Não adianta ter dez atletas em alta velocidade e um em baixa – avaliou. 

Particularmente, ele só mudaria de ideia se o Coxa conseguisse algum investidor. A direção, inclusive, já foi ao mercado publicitário tentar convencer os profissionais a associarem suas marcas ao R10. Bacellar e Belletti trabalham atrás de alguém com bom poderio financeiro. 

– Com a contratação do Henrique Almeida, a folha salarial do Coritiba chegou ao seu limite. Então é impossível realizar isso sem um investidor. Tendo um investidor, aí tudo muda de figura e o clube pode sim passar a lucrar com o negócio. Então hoje o lado técnico e financeiro são contrários, com a gente podendo mudar em caso de investidor. Isso acontecendo, o lado técnico terá que aceitar – ponderou Giebeler.