Atlético-MG cai no Horto, “recupera” Vitória e demite Micale

 O Atlético virou vítima fácil em Belo Horizonte 

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 O Atlético virou vítima fácil em Belo Horizonte 

Há algum tempo quem chegava no Horto estava morto. Essa realidade ficou no passado. Agora, o dono do Horto que está morto. O Atlético virou vítima fácil em Belo Horizonte, não consegue se impor no seu gramado, carrega o título de ser um dos piores mandantes do Campeonato Brasileiro algo que foi ressaltado na noite deste domingo ao sofrer um duro revés, por 2 a 1, para o Vitória, pelo Brasileirão. De quebra, demitiu o técnico Rogério Micale após novo resultado negativo.

Após a partida, o técnico participou de uma reunião que durou cerca de 20 minutos com a diretoria alvinegra. Em seguida, o presidente do clube, Daniel Nepomuceno, informou a decisão. “Venho anunciar que o Micale não é mais treinador, hoje jogo decisivo pra gente buscar a vaga na Libertadores, não pode aceitar perder para o Vitória dentro de casa. Eu já agradeci, tentou, conseguiu o grupo com ele, mas é resultado. Não podemos brincar com mais nada, vou marcar uma coletiva, já peço para ter paciência, é um momento de despedida, ele vai pedir pra falar”, destacou o mandatário.

Micale deixa o Atlético-MG após 13 jogos, com cinco vitórias, três empates e cinco derrotas, com seu time marcando nove gols e sofrendo 11. Após a demissão, o treinador agradeceu a confiança da diretoria atleticana, mas lamentou a ausência de resultados.

O Vitória começou a rodada na zona de rebaixamento e termina fora dela, com um belo triunfo em Belo Horizonte, chegando aos 29 pontos, na 15ª colocação. O Atlético segue em 11º, com 31 pontos, insistindo em sonhar com a vaga na Copa Libertadores em 2018, mas com a dura realidade de poder ter a série B na próxima temporada. O time mineiro está a três pontos do Z4.

Rogério Micale não encontrou o time ideal. Na realidade, o treinador não se encontrou a frente do elenco atleticano, não mostrou evolução, teve seu grupo lutando em campo sem armas suficientes para agredir o adversário. Alguns lampejos ocorreram, mas muito abaixo do esperado.

Na noite deste domingo, o Vitória começou a martirizar a mente preto e branca muito cedo: aos 2 minutos de jogo, Neilton colocou no fundo das redes do goleiro Victor, e a dor de cabeça começou. O meia Cazares tratou de distribuir analgésicos para os atleticanos, com um gol aos 17 do primeiro tempo, algo que tranquilizou no sonho pela vitória. Porém, na etapa final, o clube baiano marcou outro gol e destruiu a expectativa de um sono tranquilo.

O Atlético-MG volta a campo no próximo domingo, às 19h (de Brasília), contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. O Vitória vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo, às 11h, também no domingo.

Primeiro tempo

O Vitória começou muito bem o jogo. O time contou com a grande eficiência na frente para abrir o placar, logo aos 2 minutos. Soutto, cria do Atlético-MG, fez ótimo passe para Neilton que colocou no fundo das redes, na saída do goleiro Victor.

A situação mudou qualquer estratégia montada pelo técnico Rogério Micale. O Atlético-MG passou a atacar e viu, a sua frente, uma barreira bem armada com duas linhas de quatro jogadores. A partir daí o Vitória saiu só em jogadas em velocidade, nos contra-ataques. O ataque preto e branco era desorganizado, parte disso pelo excesso de homens no mesmo espaço.

O Atlético-MG conseguiu chegar ao empate aos 17 minutos. Em uma bela jogada, Cazares passou a bola para Fábio Santos que usou Fred como pivô. O camisa 9 fez belo passe para o equatoriano que colocou no fundo das redes, decretando o empate em Belo Horizonte.

A intensidade atleticana não dava sossego para o clube baiano. Fred fazia uma boa partida e cumpria bem sua função em campo. Cazares também contava com boa participação. Apesar de ter sofrido o tento, o Vitória seguia fechadinho, em alguns momentos com sua primeira linha tendo cinco atletas.

O jogo perdeu em qualidade quando o término do primeiro tempo aproximava. As equipes já não tinham a mesma força e não conseguiam criar tanto.

Segundo tempo

O Atlético voltou disposto a conseguir a virada na etapa complementar. Porém, não fazia por merecer. O time mineiro tinha dificuldades de criar jogadas. O técnico Rogério Micale, atento, colocou Otero na vaga de Adilson, colocando o time bastante ofensivo.

Mas o resultado foi o contrário do esperado. O Atlético jogava com a linha alta e sem um volante a situação iria se complicar. Aos 23 minutos, Yago aproveitou o momento turbulento da zaga para desempatar.

O empate que já era ruim, ficou pior. As vaias nas arquibancadas eram escutadas a quilômetros de distância do estádio Independência. Já o técnico Rogério Micale, que estava ali bem próximo ao apaixonado pela camisa alvinegra, precisou lutar contra o som para se manter concentrado.

O Atlético-MG se jogou desembestado para o ataque, três jogadores pelas pontas e um armador. Todos inúteis neste momento do jogo. Fred deu vaga para Rafael Moura na frente. Sem qualquer resultado.

Aos 48 minutos do segundo tempo, a missa já tinha sido orada, e os parantes mais próximos já estavam dando o último adeus. Trellez então resolveu fechar o caixão: recebeu na frente, aproveitou o vacilo da defesa e na saída do goleiro Victor mandou para o fundo das redes, com um belo toque, deu números finais ao confronto.

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