Os times paulistas se enfrentam no próximo domingo no Estádio do Morumbi

Em maio de 2007, pelo primeiro turno do Paulistão, o São Paulo derrotou o por 3 a 1 no Morumbi. Naquele ano, em outubro, Andrés Sanchez foi eleito presidente do alvinegro. Desde então, oito anos depois, o clube tricolor não venceu mais o rival jogando em seu estádio: a presença de Andrés se revelou quase uma maldição nos clássicos disputados no estádio são-paulino.

Ali começou um jejum de mais de três anos sem vitória do São Paulo no clássico. O tabu só foi quebrado em 2011, quando Rogério Ceni marcou, de falta, seu centésimo gol. 2 a 1, com mando do São Paulo – na Arena Barueri.

Apesar do começo do tabu ter sido em 2007, a “praga” de Andrés pode ter sua origem um ano e meio depois, em fevereiro de 2009. Irritado com o fato de ter recebido apenas 10% dos ingressos do Morumbi em um clássico no Paulistão, Andrés decretou: o Corinthians nunca mais mandaria um jogo lá. O então presidente cumpriu a palavra, e o São Paulo só voltou a encarar o alvinegro em sua casa como mandante. A situação, dali em diante, só piorou.

Andrés se reelegeu para um segundo mandato; depois, elegeu seu sucessor, Mário Gobbi, e acabou se tornando responsável pelo Itaquerão. Neste ano, novamente foi dos grandes responsáveis pela eleição de outro aliado, Roberto de Andrade. Neste período inteiro, nenhuma vitória são-paulina sobre o Corinthians no Morumbi.

Ao longo da semana, tanto jogadores do São Paulo como o técnico Muricy Ramalho valorizaram o fato do confronto de domingo ser no Morumbi como um fator que pode ajudar em uma vitória são-paulino. “Temos obrigação de vencer por estarmos jogando em casa, diante de nossa torcida”, disse Michel Bastos. “No Morumbi é diferente, é na nossa casa. Não chega a ser favoritismo, mas ajuda sim”, falou Muricy.

A realidade, porém, é que o Cícero Pompeu de Toledo, há oito anos não têm tido um efeito positivo nos jogos contra o Corinthians. Depois de uma derrota acachapante para o rival no Itaquerão na estreia pela Libertadores, a pressão está toda do lado tricolor para reagir.

Do outro lado, além do time montado por Tite, estão o jejum e Andrés Sanchez, que agora é superintendente de futebol no Parque São Jorge. Tabus existem para serrem quebrados; pela derrota no Itaquerão e pelos últimos oito anos, para o São Paulo, não há hora melhor para isso do que domingo.