‘Seleção não é lugar para religião’, avisa Dunga sobre culto no hotel

Treinador condenou a visita do pastor Guilherme Batista à concentração da equipe nos Estados Unidos 

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Treinador condenou a visita do pastor Guilherme Batista à concentração da equipe nos Estados Unidos 

Durante a convocação da seleção brasileira para os primeiros jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018 nesta quinta-feira (17), o técnico Dunga comentou sobre a presença de um pastor evangélico na concentração da equipe durante os últimos amistosos nos Estados Unidos. Dunga afirmou que o culto religioso realizado no hotel da seleção não foi autorizado pela CBF e que novas manifestações estão proibidas: “Respeitamos todas as religiões, mas seleção não é local de exposição religiosa ou política.”

A confusão teve início quando o pastor Guilherme Batista exibiu imagens de sua visita à seleção brasileira em seus perfis nas redes sociais: ele agradeceu ao meia Kaká e ao zagueiro David Luiz pelo convite e posou com quase todos os atletas. Em outra ocasião, Batista tirou uma foto ao lado de Dunga, em um aeroporto, e escreveu uma legenda que enfureceu o treinador: “Café da manhã com o chefe aqui em Guarulhos.”

“Eu estava em São Paulo, tomando café, e esse rapaz me pediu para tirar uma foto como torcedor, como faço sempre, sem problemas. Depois vi que ele postou como se eu fosse chefe dele, quis induzir algo. Na seleção, sempre aparecem pessoas querendo se aproveitar.” Ele explicou que o culto aconteceu durante um momento de folga dos atletas, mas que a concentração não deveria ter sido utilizada.

“Não permiti o culto dentro do hotel. Temos uma sala onde os jogadores podem receber os familiares ou pessoas mais próximas. (…) O pastor estava nesse setor, mas não concordamos. Quando quero fazer o bem, não preciso divulgar. Já conversamos com os atletas e expusemos o nosso pensamento. Repito: respeito todas as religiões, mas ali não é o momento. Estamos representando nosso país e temos que nos concentrar no futebol.”

Dunga disse que os jogadores já foram advertidos e que suas escolhas pessoais não interferem na convocação. “Não influencia em nada. Olhamos a parte física, tática e o comportamento. Não é por causa de um erro que vamos cortar a cabeça. Se o erro persistir, aí temos de tomar uma atitude.”

 

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