divulgou ao Midiamax o preço mensal para se manter o estádio e descartou Iniciativa Privada

Um monumento do futebol sul-mato-grossense, por hora interditado para eventos esportivos, e que tem como principais credores os dois principais clubes da história esportiva do Estado. Fechado para jogos, o Estádio Pedro Pedrossian aguarda a viabilização de uma reforma que custaria R$ 2 milhões, segundo confirma a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que administra o local. Qualificado por alguns como desperdício de dinheiro público e ‘elefante branco' o não é um empreendimento caro de se manter, e poderia ser viabilizado mensalmente com a pior média de público da Série B, que em 2014 foi da Portuguesa de Desportos. 

Oficialmente devem dinheiro à Administração do Estádio Pedro Pedrossian o Esporte Clube Comercial e o Operário Futebol Clube, que juntos precisam ainda quitar pela utilização o valor de R$ 21.050,00. O montante é praticamente o que custa para se manter por um mês o Morenão, fazendo apenas os reparos e manutenção de rotina. O Colorado é o menor credor, com os seus R$ 7.050,00 de dívida, enquanto o Galo está em débito com a UFMS em R$ 14 mil.

Segundo a universidade, o Estádio Pedro Pedrossian necessita mensalmente da instituição o valor de R$ 22.500,00. O investimento dessa manutenção, entretanto, é outro em meses que o local precise receber eventos maiores, que por sua vez também contam com o apoio de organizadores para revitalizar momentaneamente o Morenão. 
A renda média da Portuguesa de Desportos (995 pagantes por jogo), no ano passado, quando foi rebaixada da Série B do Brasileirão, serviria para manter por um mês o Estádio Pedro Pedrossian e ainda ter superávit de pelo menos R$ 7 mil. 

Vontade política

Talvez pelo baixo custo de manutenção do estádio, que a UFMS, consultada pelo Midiamax descartou qualquer possibilidade da universidade entregar o Morenão para a Iniciativa Privada. “O Estádio Pedro Pedrossian é patrimônio da UFMS e está cadastrado na Secretaria de Patrimônio da União – SPU”, disse a assessoria da instituição sobre a hipótese. 
O boato da implosão do Estádio Pedro Pedrossian também foi novamente descartado pela instituição, desta vez oficialmente por meio da assessoria de comunicação. A possibilidade foi levantada há dez dias quando um repórter esportivo divulgou sobre esse fim para o Morenão, a partir de uma conversa dele com o médico ortopedista José Luiz Mikimba.

Amigo do vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tognini, ele teria vazado o teor de uma suposta reunião, onde a administração da universidade teria admitido problemas financeiros para manter o estádio. Por uma rede social ele confirmou o dilema da instituição e reclamou da postura do jornalista que não respeitou o off. Ao Midiamax falou que ele mesmo acreditava em um fim do Morenão nos próximos anos em virtude da redução de sua utilização e importância. 

“O Estádio Pedro Pedrossian está interditado para a realização de eventos esportivos. Continua sendo utilizado normalmente pelo Curso de Educação Física, pela Pró-Reitoria de Extensão para a realização de seus projetos de extensão, pelos alunos e servidores dos diversos cursos da UFMS e pela comunidade externa. Para ser liberado, deverão ser atendidas as recomendações do Ministério Público Estadual as quais foram inseridas no Plano de Desenvolvimento Institucional da UFMS”, informou ao Midiamax a assessoria da universidade. 

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, já afirmou publicamente que tem interesse de trazer para a tutela da Administração Municipal o estádio. Segundo a sua declaração sobre o local, o gestor público falou que a recuperação do local dependeria de vontade política. O Midiamax entrou em contato com a Fundação Municipal de Esporte de Campo Grande (Funesp), que não confirmou nenhuma parceria imediata da Prefeitura com a UFMS para gerir o estádio. Um ex-dirigente da Fundação Estadual de Esporte de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), que pediu para não ser identificado na reportagem afirmou que a possibilidade da Prefeitura assumir é grande, e viabilizaria o investimento de capital chinês na reforma.