Palmeiras elimina Flu nos pênaltis e encara Santos na final
O Palmeiras foi mais intenso na busca ao ataque
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O Palmeiras foi mais intenso na busca ao ataque
A torcida recepcionou o Palmeiras usando um mosaico com os dizeres “Raça, Verdão”. E foi plenamente atendido, mas fazendo mais de 38 mil pagantes sofrerem nesta quarta-feira, no Palestra Itália. O time venceu o Fluminense por 2 a 1, mesmo placar da derrota na ida no Maracanã, e avançou nos pênaltis para a decisão da Copa do Brasil.
Mais uma vez, como em outra semifinal, a do Campeonato Paulista diante do Corinthians, Fernando Prass foi herói, defendendo a cobrança de Gustavo Scarpa. Gum ainda isolou, enquanto Rafael Marques, Jackson, Cristaldo e Allione converteram para fazer o Verdão vencer por 4 a 1 nas penalidades.
O Palmeiras foi mais intenso na busca ao ataque e marcou rapidamente dois gols, ambos com Barrios, mas com participação de Robinho. Aos 13 minutos do primeiro tempo, o meio-campista, recuperado de lesão muscular, cruzou para o argentino naturalizado paraguaio abrir o placar. Aos 15, Robinho lançou para Gabriel Jesus ser derrubado por Wellington Silva. Pênalti, que Zé Roberto perdeu, só que Barrios aproveitou o rebote.
Barrios completou cinco gols contra o Fluminense em seu primeiro semestre no futebol brasileiro, mas outro carrasco deu as caras. Mesmo sem estar em plenas condições físicas, Fred apareceu para aproveitar cruzamento de Gerson e, completamente livre, cabecear nas redes, aos 25 minutos do segundo tempo.
As finais diante do Santos serão nos dias 25 de novembro e 2 de dezembro, em mandos a serem definidos em sorteio nesta quinta-feira. No domingo, pelo Campeonato Brasileiro, os dois times realizam clássico na Vila Belmiro, às 17 horas (de Brasília). O Fluminense, na liga nacional, encara o Vasco, também no domingo.
O jogo – Marcelo Oliveira, enfim, desistiu de Andrei Girotto e apostou em Matheus Sales, volante de 20 que fez, novamente como titular, a sua segunda partida como profissional nesta noite. Contando também com a volta de Robinho, o técnico abriu mão do criticado Egídio, deixando Zé Roberto na lateral esquerdo.
Sem Arouca e Gabriel, machucados, e Thiago Santos, vetado por já ter jogado a Copa do Brasil pelo América-MG, o time se adaptou à entrada de Amaral, que se posicionava como terceiro zagueiro, liberando os laterais. A saída de bola dependia, basicamente, da movimentação de Matheus e Robinho, que não paravam de se mexer.
Com Fred em campo, mesmo sem estar 100% fisicamente, o Fluminense adiantou a sua marcação e complicou a saída de bola dos anfitriões. Mas, com paciência e intensidade ao subir, o Verdão foi conseguiu trocar passes e, já aos oito minutos, Diego Cavalieri se jogou nos pés de Robinho para evitar a abertura do placar.
Ainda tentando encontrar a melhor maneira de levar a bola a Dudu e Gabriel Jesus, o Palmeiras teve Fred sendo derrubado e provocando Jackson no meio-campo. Falta que não virou gol do Fluminense, aos 11 minutos, porque Fernando Prass mostrou reflexo para espalmar cabeceio de Marlon que desviou em Lucas.
Mas era o Verdão que mais procurava se impor, e conseguiu o gol. Robinho foi à linha de fundo e cruzou para Barrios, esquecido perto da pequena área pela defesa do Fluminense, desviar nas redes. Quase todos os presentes no Palestra Itália urraram, desafogando a tensão.
Aos 15, Fernando Prass lançou da defesa e Robinho lançou para Gabriel Jesus entrar na grande área, saindo na cara de Diego Cavalieri até ser derrubado por Wellington Silva. Pênalti marcado, mas sem a expulsão do lateral do Fluminense. Diego Cavalieri espalmou a cobrança, e Barrios foi mais ágil que os defensores para aproveitar o rebote e virar herói.
O time carioca tentava controlar seus nervos, exposto com as seguidas discussões entre seus jogadores – Fred não perdoava nenhum erro de seus colegas. Enquanto o Palmeiras buscava ter o jogo nas mãos, mas parava em sua intensidade. Estava difícil trocar passes e se aproveitar do adversário.
Mesmo desequilibrado, o Tricolor levou perigo em chute de longe de Gustavo Scarpa bem defendido por Prass e cabeceio de Cícero. Mas o Verdão estava melhor e quase marcou o terceiro ainda no primeiro tempo, nos acréscimos, quando Matheus Sales bateu cruzado e a bola atravessou a linha do gol sem Barrios conseguir tocá-la.
No intervalo, Eduardo Baptista tentou ganhar no meio-campo trocando Marcos Junior por Gerson, mas o posicionamento do Verdão conseguia bloquear as ações dos tensos adversários. Ao longo do segundo tempo, o Fluminense lançou Osvaldo e Magno Alves, enchendo-se de atacante, enquanto Marcelo Oliveira apostou no obediente Rafael Marques na vaga do cansado Robinho.
Com o rival exposto, o Verdão buscava um contra-ataque para definir a partida, e o caminho era Dudu. Aos 25 minutos, o atacante atraiu a marcação, prendeu a bola e errou passe. Na sequência, a bola ficou com Gerson, que cruzou na grande área para Fred, completamente livre, cabecear nas redes e igualar o placar do jogo no Maracanã.
Com o placar levando aos pênaltis, os times passaram a lutar contra o cansaço. O jogo ficou aberto, com o nervosismo dos dois lados dominando o Palestra Itália. Marcelo Oliveira apostou no xodó Cristaldo e, aos 43 minutos, Dudu balançou as redes, mas estava impedido. Nos acréscimos, Prass fez milagre ao se jogar nos pés de Fred.
Nos pênaltis, para alegria da torcida do Palmeiras, Gustavo Scarpa e Gum perderam suas cobranças.
Palmeiras (4) 2 x
1 (1) Fluminense
Local : Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data : 28 de outubro de 2015, quarta-feira
Horário : 22 horas (de Brasília)
Árbitro : Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes : Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG)
Público : 38.562 pagantes
Renda : R$ 2.760.200,00
Cartões amarelos : Jackson (Palmeiras); Wellington Silva (Fluminense)
Gols :
Palmeiras : Barrios, aos 13 e aos 17 minutos do primeiro tempo
Fluminense : Fred, aos 25 minutos do segundo tempo
Pênaltis :
Palmeiras : Rafael Marques, Jackson, Cristaldo e Allione converteram
Fluminense : Jean converteu; Gustavo Scarpa e Gum perderam
Palmeiras : Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Amaral, Matheus Sales e Robinho (Rafael Marques); Dudu, Gabriel Jesus (Allione) e Barrios (Cristaldo). Técnico : Marcelo Oliveira
Fluminense : Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Marlon e Breno Lopes (Osvaldo); Jean, Cícero, Vinícius (Magno Alves) e Gustavo Scarpa; Marcos Júnior (Gerson) e Fred. Técnico : Eduardo Baptista
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