“Falei africana, não macaca”, diz acusado de ofender Fabiana

O porteiro de 43 anos foi retirado do ginásio e encaminhado para a delegacia

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O porteiro de 43 anos foi retirado do ginásio e encaminhado para a delegacia

O homem suspeito de ter cometido injúria racial contra Fabiana se defendeu das acusações e disse não ter se referido à jogadora da Seleção e do Sesi-SP como macaca. Porém, ele admitiu que, “na onda da torcida”, gritou “joga para a indiana e africana” na partida entre o time da atleta e o Camponesa/Minas, pela Superliga Feminina de Vôlei, na última terça-feira.

“A única coisa que realmente alego que eu falei, bem alto, foi essa: ‘joga para a indiana, africana’. Porque teve torcedor que falava bem alto e entrei na onda da torcida. Mas não que chamei de macaca ou joguei banana para ela. Isso jamais”, disse o suspeito, identificado como Jefferson Gonçalves de Almeida, em entrevista à TV Globo.

O porteiro de 43 anos foi retirado do ginásio e encaminhado para a delegacia. Outros quatro torcedores prestaram depoimentos e foram liberados pela Polícia Civil. Segundo delegados, Fabiana ainda não prestou queixa formal sobre o incidente.

O caso veio à tona com o desabafo de Fabiana nas redes sociais. No dia seguinte ao jogo, a meio-de-rede contou que um homem na torcida “disparou uma metralhadora de insultos” e a chamou de “macaca” por várias vezes, tendo sido retirado do ginásio e encaminhado à delegacia em Belo Horizonte.

A jogadora ainda disse que foi especialmente atingida pelo episódio por ser nativa da capital mineira, e também por sua família estar presente ao ginásio. A Fabiana afirmou que pensou em não comentar o ocorrido, mas que falar sobre o racismo “ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos”.

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