Os brasileiros começaram com muita velocidade, abusando das jogadas rápidas

O não teve fôlego para superar o primeiro desafio do clube na estreia da . Jogando no estádio Olímpico Pátria, na Bolívia, localizado cerca de 2.800 metros acima no nível do mar, os atuais bicampeões brasileiros até tiveram oportunidades para sair com a vitória, mas cansaram, e só não saíram derrotados graças ao ótimo desempenho do goleiro Fábio, que segurou o Universitario de Sucre e garantiu o 0 a 0 no placar .

Cruzeiro e Universitario de Sucre fizeram um primeiro tempo muito movimentado e equilibrado. Os brasileiros começaram com muita velocidade, abusando das jogadas rápidas pelo lado direito do setor ofensivo. Homem de referência, Leandro Damião se apresentava bem e ajudava na construção das jogadas.

No entanto, depois dos 20 minutos iniciais, a equipe comandada por Marcelo Oliveira sentiu a altitude e cansou. Foi quando os donos da casa começaram a dominar a posse de bola e criaram as melhoras oportunidades de gol.  A mais perigosa veio com Cuesta, que arriscou da intermediária e viu a bola explodir na trave.

Mais inteiro na partida, o Universitario de Sucre voltou melhor depois do intervalo e só não abriu o placar na primeira parte do segundo tempo por que Fábio estava em uma noite inspirada e praticou várias defesas importantes. Castro e Bejarano tiveram boas chances, mas o goleiro celeste impediu ambas oportunidades. Pressionado, o Cruzeiro apostava nos contra-ataques para surpreender os donos da casa. Na melhor delas, Leandro Damião deixou o marcado no chão e tentou uma batido com efeito, mas a bola saiu ao lado do gol defendido por Juan Carlos Robles.

Tentando mudar o cenário do jogo, o técnico Marcelo Oliveira optou pela entrada do atacante Joel no lugar de Willian, aos 34min da etapa final. A tentativa, porém, saiu pela culatra. Após apenas quatro minutos em campo, o camaronês deu um carrinho violento em Cuesta e acabou sendo expulso direto pelo árbitro da partida.

Com o empate, o Cruzeiro desperdiça ótima oportunidade para liderar o Grupo 3, já que Mineros de Guayana e Huracán ficaram na igualdade na primeira partida da chave. Agora, as quatro equipes estão com um ponto. Na próxima partida, os brasileiros recebem o Huracán, na terça-feira, no Mineirão, enquanto os bolivianos visitam os Mineros de Guayana, na Venezuela.

Paredão celeste

Fábio, 34 anos, voltou ao time depois de ser poupado na vitória por 3 a 0 sobre o Boa Esporte, já que se recuperava de lesão. Com a partida desta quarta-feira, ele assumiu o posto de segundo jogador que mais vestiu a camisa cruzeirense em toda história do clube, superando Dirceu Lopes, com 610 jogos, e ficando atrás apenas de Zé Carlos, que possui a marca de 633.

Fábio provou que os números não são por acaso. Contra o Universitario de Sucre, o camisa 1 foi o melhor homem em campo e impediu que a equipe saísse com uma derrota da Bolívia. Foram pelo menos quatro defesas importantes, que lhe renderam, inclusive, muitos elogios nas redes sociais.