Bola na trave foi o máximo que o conseguiu fazer antes do intervalo

Um jogo marcante, daqueles capazes de mostrar que um time certamente vai sofrer até o fim para não cair à segunda divisão nacional, e que o outro, sem dúvidas, brigará na parte de cima da tabela. Este foi o Vasco x deste domingo, em São Januário, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro . O fim de tarde carioca reservou uma equipe em dia trágico. E outra em 90 minutos mágicos. OPalmeiras deu um verdadeiro banho no fragilíssimo Vasco, fora de casa, e conseguiu transfromar tamanha superioridade em goleada: 4 a 1. E poderia ter sido mais. Saiba como foi a partida em detalhes aqui .

O Palmeiras começou o passeio logo aos 3min, com Leandro Pereira. O centroavante balançou as redes após linda jogada coletiva, escancarou as fragilidades vascaínas e mostrou ao Brasil que aquela partida exibiria um time alviverde inspiradíssimo. Gabriel, Arouca, Egídio e Lucas ocupavam a intermedária carioca como se estivessem no quintal de casa. Dudu, Rafael Marques e Robinho se movimentavam com sincronia absurda. A consequência foram mais dois gols (de Dudu e Victor Ramos, com ajuda de Martín Silva) e uma bola na trave. Em apenas 34min.

Bola na trave, aliás, foi o máximo que o Vasco conseguiu fazer antes do intervalo. Mas não foi uma bola na trave qualquer.. Herrera perdeu o gol mais feito do ano aos 39min, depois de ter driblado Fernando Prass e invadido a pequena área com liberdade. A redonda carimbou o travessão e foi o grande símbolo do massacre sofrido pelo time da casa neste domingo. À esta altura, Eurico Miranda já havia deixado as tribunas de São Januário. Torcedores também já começavam a voltar para casa.

Eles perderam um segundo tempo em ritmo mais lento, mas não menos favorável ao Palmeiras . Com muito espaço na intermediária, o time alviverde continuava chegando com muita facilidade e assustando com constância o goleiro Jordi (Martin Silva foi substituído no intervalo). Assim, não demorou para Leandro Pereira fazer o quarto, aos 9min. Foi a chave para Marcelo Oliveira enfim poupar o time. Saíram Rafael Marques e Leandro Pereira, e entraram Cristaldo e Lucas Barrios. Cleiton Xavier também foi mandado a campo, no lugar de Robinho. O freio enfim foi puxado, e o Vasco ainda conseguiu diminuir o vexame, balançando as redes com Riascos.

O imponente triunfo fez o Palmeiras enfim terminar uma rodada no G-4 do Campeonato Brasileiro – algo que não acontecia desde 22 de maio do ano passado, após vitória na sexta rodada, diante do Figueirense. A equipe alviverde é a terceira colocada, com 28 pontos (a dois do segundo colocado, Corinthians , e a quatro do líder, Atlético-MG ). Por sua vez, o Vasco atolou no 18º posto com 12 pontos (a quatro da saída da zona do rebaixamento). Na próxima quarta, às 22h (de Brasília), o time cruzmaltino visita o Corinthians, em Itaquera. Já no domingo, às 11h, o Palmeiras recebe o Atlético-PR , no Allianz Parque.

Herrera, como você conseguiu fazer isto?

O Palmeiras já vencia a partida por 3 a 0, quando, aos 39min do primeiro tempo, Herrera aproveitou rebatida da zaga palmeirense e saiu cara a cara com Fernando Prass. O argentino driblou o goleiro, teve tempo de dominar a bola com dois toques e ainda ajeitou o corpo. Era ele, a pequena área e um espaço de 7,32 m entre as duas traves de São Januário.

O zagueiro palmeirense Jackson se posicionou dentro da meta, mas só para sair na foto. O gol, afinal, já estava feito, né, Herrera? Não. O atacante, que na Argentina tem o apelido de “Quase Gol”, encheu o pé e conseguiu acertar o travessão do Palmeiras. Inacreditável é pouco para definir o que ele conseguiu fazer. Foi um gol perdido para Deivid nenhum botar defeito.

No intervalo, Herrera tentou se explicar. “Foi uma infelicidade. Eu tentei fazer tudo certo. Não chutei de primeira para fazer melhor, tentei segurar, mas peguei muito embaixo. Quis fazer tudo certo, mas, às vezes, quando você tenta isso, as coisas não saem legal”.