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Esportes

Boato implode o estádio Morenão que, por ora, sobrevive

Depois de 42 anos de história, momentos de glória e a decadência do futebol local o estádio sofre para se manter
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Depois de 42 anos de história, momentos de glória e a decadência do futebol local o estádio sofre para se manter

Um possível pensamento ‘macabro’ da reitora da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Célia Maria Silva Correa Oliveira, se tornou notícia, ou boato como alguns preferirem, sobre perspectiva do ser implodido. O Estádio Pedro Pedrossian, que em 2015 completa 42 anos de existência, estaria sendo muito oneroso para as contas da instituição que é sua mantenedora em virtude de não ter uma receita capaz de arcar com a sua manutenção, além de uma reforma que custaria em torno de R$ 2 milhões. 

“Quem espalhou essa história mentiu, não existe isso”, limitou-se a dizer o professor Jair Sartorelli, responsável pela Administração do estádio há mais de uma década.

O mentiroso e ‘pai do boato’, seria o médico ortopedista José Luiz Mikimba, que teria confidenciado a possibilidade de o Morenão ser implodido ao jornalista esportivo Arthur Mário Medeiros Ramalho. O apresentador da Cultura AM 680, apaixonado por futebol e pelo Estádio Pedro Pedrossian, por sua vez quebrou o off diante da dimensão da informação e veiculou sobre a perspectiva na rádio. 

“É um tempo do nosso futebol. Não acredito que cogitaram isso. Na versão que me passaram a reitora teria falado isso informalmente em uma reunião, em razão do repasse do Governo Federal para 2015 ser menor neste ano, comparado ao anterior”, conta o radialista, que furou o off (termo jornalístico sobre conversas de bastidores, não gravadas e com orientação para não serem publicadas, ou se mantendo o sigilo da fonte da informação).

Foi aí que a repercussão surgiu bem maior do que Mikimba poderia imaginar. Diante disso o médico, amigo do vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tognini foi às redes sociais dar explicação sobre o off, que se tornou boato e correria o risco de se tornar notícia, já que a essa altura a assessoria de imprensa da universidade já estava sendo acionada para responder sobre o fim do Morenão.

“Para que não distorçam os fatos esclareço: Ontem conversei com o Dr João Ricardo Tognini, vice-reitor da Universidade Federal a respeito de quando seria iniciada a reforma do Morenão, para sua utilização ainda neste campeonato estadual. Ele foi bem claro e direto dizendo que devido aos cortes das verbas do Ministério da Educação seria impossível atender as recomendações do Ministério Público, pois o ensino era a priorização. Em off insinuou que em alguns setores da reitoria era pensamento implodir o Morenão e em seu lugar construir algo mais útil para a sociedade, já que para colocar o Estádio em condições gastaria muito dinheiro. Relatou ainda que há dois anos ele explanou inclusive com slide as deficiências e os custos do Morenão e ofereceu para a iniciativa privada ou órgão estadual e municipal a possibilidade de transferir o patrimônio em questão, e que ninguém se manifestou devido aos altos custos. Citou o exemplo de que nosso futebol profissional está deficitário, pois o Comercial deve as taxas há 3 anos e não consegue honrar esse compromisso”, diz a postagem de José Luiz Mikimba, às 11h00, da quinta-feira (12). 
Por telefone Mikimba afirmou à reportagem que acredita no fim do Morenão em poucos anos. Ele disse (não em off) entender que se não forem feitos investimentos dos governos federal, estadual ou municipal no estádio, e as receitas de eventos continuarem singelas a tendência é que o local seja destinado a outro fim, como já ocorreu com o Belmar Fidalgo ou com o Elias Gadia, estes transformados em praças esportivas. Para o médico a venda do lugar à iniciativa privada também não pode ser descartada se oferecer uma contrapartida à universidade razoável quanto à realização de outras benfeitorias à sociedade.

Irreparável

Segundo o presidente do atual campeão sul-mato-grossense, que levantou as taças do bicampeonato 2013/2014 no Estádio Pedro Pedrossian, a implosão do estádio seria a própria implosão do futebol sul-mato-grossense, que com isso estaria admitindo a sua derrocada e o fim de qualquer esperança de recuperação.

“Temos o nosso estádio, mas o Morenão é a nossa casa, e se o Cene ou outro clube daqui um dia avançar por exemplo na Copa do Brasil, precisamos de um local como o Estádio Pedro Pedrossian para mandar jogos importantes. O mesmo vale para jogos de clubes grandes serem sediados na Capital. O Poder Público precisa olhar com mais carinho para o Morenão”, diz José Rodrigues, que garante que o Cene nunca ficou devendo a UFMS por utilização do estádio. 

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