Bianchi não resiste após coma, e F1 tem 1ª morte desde Senna
O acidente conteceu durante uma prova no Japão
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O acidente conteceu durante uma prova no Japão
Nove meses após sofrer um grave acidente na Fórmula 1, o piloto Jules Bianchi morreu, nesta sexta-feira. O francês, de 25 anos, estava em estado vegetativo desde que bateu seu carro em Suzuka, no ano passado. É a primeira morte de um piloto de F1 desde o ocorrido com Ayrton Senna em 1994.
O acidente de Jules Bianchi aconteceu durante uma prova chuvosa no Japão. Ele dirigia um carro da Marussia, que saiu da pista e colidiu com força no guincho que retirava a Sauber de Adrian Sutil. Bianchi sofreu uma lesão axonal difusa, passou por uma cirurgia e ficou internado desde então – passou um mês no Japão e depois foi transferido para Nice, na França, onde morreu.
Durante esta semana, Philippe Bianchi, pai de Jules, deu uma entrevista à France Info, na qual relatou sua tristeza com a situação: “é insuportável. É uma tortura diária. Às vezes, sinto que estamos enlouquecendo, porque, para mim, certamente é mais cruel do que se ele tivesse morrido”. Sob esse ponto de vista, o que aconteceu nesta sexta-feira é um alívio para a família de Bianchi.
Joia da Ferrari e amigo de Massa
Jules Bianchi nasceu em Nice (França) no dia 3 de agosto de 1989 e começou a competir no kart ainda criança. Em 2007, quando tinha 18 anos, iniciou sua carreira nos monopostos, tornando-se campeão da prestigiada Fórmula Renault 2.0 francesa ainda em seu ano de estreia. Daí para frente, somou grandes resultados em categorias inferiores (como o título da F3 europeia e o vice-campeonato da GP2 em 2010) e ganhou um convite para integrar o programa de jovens talentos da Ferrari. Em 2011, já era o piloto de testes da equipe italiana e considerado um dos grandes talentos da escuderia para o futuro.
Neste período, Bianchi já começou a firmar amizade com Felipe Massa – com quem estreitou os laços pelo fato de ambos serem empresariados por Nicolas Todt. Em 2012, o francês foi cedido à Force India (equipe na qual também atuou como piloto de testes) e, no ano seguinte, acertou para competir pela Marussia como piloto titular. Ele foi indicado pela Ferrari e acabou contratado para substituir o brasileiro Luiz Razia – que teve problemas com seu patrocinador e não disputou nenhum GP na principal categoria do automobilismo mundial. Após menos de duas temporadas na F1, Bianchi não conseguiu grandes resultados – já que a Marussia tem um dos piores carros do grid -, mas fez história ao conquistar os primeiros pontos da equipe, justamente em Mônaco, nesta temporada, após uma surpreendente nona colocação.
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