Enquanto uma candidata é investigada por publicar em grupos de WhatsApp trecho de um texto que digitou durante a etapa da prova prática de digitação do concurso público para Polícia Civil, o (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) quer o cancelamento da fase, realizada no último fim de semana, em .

Segundo o Sinpol, o trecho do texto digitado publicada por uma candidata teria favorecido quem viu. “Aqueles que souberam do texto antes de fazer a prova tiveram vantagem”, afirmou o presidente do Sindicato, Giancarlo Miranda.

Entretanto, a comissão organizadora defende que os candidatos não saem prejudicados. “Não é a prova que foi vazada, mas sim o texto digitado por ela, ele não é completo e está com vários erros de palavras. Além disso, o concurso não visa avaliar o conhecimento, nem memória, o concurso visa avaliar a habilidade do candidato na digitação”, informou nota oficial.

Segundo o presidente do Sinpol, não é a primeira vez que a prova de digitação causa polêmica e informa que o sindicato protocolou um ofício para que a fase seja eliminada e acelere o processo de convocação para a academia de polícia.

“Queremos que o concurso tenha andamento e que os policiais sejam convocados o mais breve possível. A digitação pode ser executada durante o curso de formação policial, não podemos travar o concurso, precisamos de policiais”, diz Miranda. A necessidade de acelerar  a convocação para o processo seletivo é causada pelo déficit de 60% do efetivo policial no estado, segundo o Sinpol.

Os candidatos recorreram também ao MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) no início da semana. Segundo informações do MP, o promotor já está ouvindo candidatos que fizeram a prova no domingo (9), após a divulgação da folha de digitação em grupos de Whatsapp, e a comissão organizadora tem até o início da semana que vem para esclarecer o caso.

O vazamento

A folha da prova de digitação do concurso para escrivão e investigador da Polícia Civil foi divulgada nas redes sociais na manhã do domingo (9). As provas aconteceram no fim de semana e segundo a comissão organizadora do concurso, uma candidata seria a responsável pela divulgação da folha em um grupo de WhatsApp.

Revoltados, os candidatos procuraram a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Centro para registrar Boletim de Ocorrência, além de recorrer ao Ministério Público e ao Sinpol.