O Governo do Estado suspendeu a prova prática de digitação do concurso da Civil neste sábado (19), após uma liminar do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O mandado de segurança foi impetrado por 11 candidatos e julgado pelo TJ na sexta-feira (18).

O comunicado emitido pela presidente da Comissão Organizadora do Concurso Público de Provas e Títulos, Maria de Lourdes Souza Cano, considera a decisão judicial e visa evitar prejuízos aos candidatos convocados para a prova, principalmente quem não mora em Campo Grande e se deslocaria para a realização da prova. Em nota, a presidente da comissão comunica a suspensão da prova, assim como a realização das próximas fases do concurso, até a posterior deliberação por parte do Poder Judiciário.

Enquanto alguns candidatos afirmam que os critérios para a prova de digitação eram exagerados, outros se mostram insatisfeitos com a decisão da justiça. “Alguns [candidatos] negligenciaram a preparação para a etapa e estão prejudicando outros colegas que se preparam, principalmente muitos outros que vieram de seus estados arcando com despesas que não podiam e terão que voltar para casa. Entendemos que a banca divulgou critérios razoáveis e perfeitamente possíveis de serem aplicados com texto de 1.000 caracteres em 5 minutos”, afirma o candidato Antônio Abrate.

Entenda a polêmica

Após causar revolta entre os candidatos, que até fizeram uma denúncia no Ministério Público, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul mudou os critérios para a prova prática do concurso de escrivão na quinta-feira (17). A exigência da digitação de 2.000 caracteres em cinco minutos era considerada desumana pelos candidatos e, de acordo com publicação no Diário Oficial desta quinta-feira, foi reduzida pela metade: 1.000 caracteres.

O Ministério Público fez o pedido para a comissão organizadora do concurso, que alterou o edital. A prova seria no domingo (20), mas uma liminar do Tribunal de Justiça determinou a suspensão da prova prática.