Campo Grande 119 anos: descubra os setores que mais geram emprego

Seria Campo Grande uma cidade com oportunidades? O que dizem as estatísticas da Capital sobre geração de empregos com carteira assinada? Quais são os setores que mais empregam na cidade? Essas peguntas norteiam diariamente a busca de milhares de pessoas por uma oportunidade de trabalho. Nas agências localizadas na cidade, todo dia é dia de […]

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Seria Campo Grande uma cidade com oportunidades? O que dizem as estatísticas da Capital sobre geração de empregos com carteira assinada? Quais são os setores que mais empregam na cidade? Essas peguntas norteiam diariamente a busca de milhares de pessoas por uma oportunidade de trabalho. Nas agências localizadas na cidade, todo dia é dia de verificar o que está disponível. Mas nem sempre se consegue sucesso.

Um dos principais problemas que se tornam obstáculos nas contratações é a falta de qualificação profissional, principalmente devido às especificidades de cada setor. Portanto, quem pretende focar em alguma das áreas que mais contratam precisa ficar atento às exigências.

Esta é a primeira reportagem especial do Jornal Midiamax pelos 119 anos da Capital, celebrados no próximo dia 26 de agosto. A reportagem apresenta ao leitor as áreas que mais geraram postos de trabalho no primeiro semestre na Capital e indica os caminhos para que as chances de conquistar uma vaga sejam maiores. Confira:

 

Call Center

Inserida do setor de serviços, que gerou 1.472 vagas no primeiro semestre, o mercado de call center, ou atendimento em telemarketing, puxou a liderança em postos de trabalho, com uma média 160 novos vagas semanais, observadas a partir de maio. Muito embora a seleção para a área não requeira experiência (as empresas costumam oferecer o treinamento), a Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) planeja para as próximas semanas um curso com 300 vagas para melhorar o currículo dos candidatos.

Dentre as habilidades exigidas, estão bom português, conhecimentos em informática e bom trato com os consumidores. “Mas é, também, um dos ramos mais estressantes que existem atualmente. Então, há uma rotatividade muito grande no setor”, explica a gerente de recursos humanos Renata Alcides, que atua no setor há 13 anos e conversou com a reportagem.

Campo Grande 119 anos: descubra os setores que mais geram emprego
Call Center gerou uma média de 160 vagas semanais de maio até julho (Foto: Reprodução)

Assistência Técnica

Em Campo Grande, quem ficou em segundo lugar no semestre foi a área de assistências técnicas (também no setor de serviços), principalmente relacionadas a refrigeração, eletricidade e mecânica. “O setor de manutenções tem alta procura, já que felizmente o brasileiro tem o hábito de consertar coisas em vez de simplesmente substituí-las. Atuar nesse setor requer qualificação específica e o conhecimento prévio em noções de elétrica, hidráulica e mecânica são fundamentais. Por isso, é importante ter os cursos técnicos da área, que podem durar até dois anos”, destaca a gerente.

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Mercado de manutenções e assistências técnicas requer curso técnico (Foto: Reprodução)

Construção Civil

Já fora do ramo de serviços, o setor de construção civil gerou 801 contratações no primeiro semestre. A atuação no segmento também requer qualificação profissional e experiência, que também são obtidos em cursos técnicos. “De fato a demanda por mão de obra qualificada para a construção civil é alta. Já foi maior, na época em que haviam mais programas habitacionais. Mas, em Campo Grande, que é uma cidade em expansão perene, o número de obras faz com que profissionais da área continuem sendo requisitados”, explica Renata.

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Construção civil gerou mais de 800 vagas no semestre (Foto: Reprodução)

Indústria de transformação

No setor secundário, estão os profissionais da indústria da transformação. São aqueles que atuam nas fábricas que processam, por exemplo, carnes e leite. Somente no primeiro semestre, foram geradas 262 vagas de trabalho em frigoríficos e indústrias de laticínios. “O operário da indústria precisa ter curso técnico, no qual ele vai aprender a manusear alimentos, compreender a rotina de produção e ter os hábitos necessários para garantir a segurança em ambiente de trabalho”, afirma a gerente.

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De janeiro a junho, foram registrado 262 vagas no setor secundário de transformação (Foto: Reprodução)

Serviços industriais de utilidade pública

Balconistas, atendentes, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O setor vem em quinto lugar, mas com um número bastante baixo: apenas 22 contratações de janeiro a junho, na Capital. “São setores nos quais há uma relação direta com pessoas, no caso de atendimentos em estabelecimentos comerciais, farmácias, laboratórios, e que requerem ou formação em nível superior ou o curso técnico específico, como o do técnico em enfermagem, radiologia etc. É uma qualificação longa, de cerca de dois anos, mas que pode render salários um pouco melhores que no ramo de serviços”, conclui Renata.

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Com apenas 22 postos de trabalho gerados, mercado de serviços de utilidade pública requerem formação técnica que costuma ser mais longa (Foto: Reprodução)

Em queda

De acordo com o diretor-presidente da Funsat, Cleiton Freitas Franco, a baixa na geração de empregos observada nas últimas semanas tem explicação no perfil sazonal de alguns setores. “É a natureza dessas vagas.

O comércio, por exemplo, sofre alta em dezembro e janeiro. Com o fim das festividades, as vagas temporárias são fechadas. Nesse semestre, registramos redução de 573 postos. Porém, no segundo semestre, as vagas devem aumentar novamente”, explica.

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O diretor-presidente da Funsat, Cleiton Freitas Franco, quer convênio para aumentar qualificação profissional na Capital (Foto: Divulgação)

Além do segmento de vendas, que sofreu com o fim das vagas temporárias, o setor primário, no qual se destaca a pecuária, apresentou queda de 81 postos de trabalho. “Isso ocorre em função da estiagem, também está relacionado com a natureza sazonal do setor. Muitos desses trabalhadores rurais são contratados somente durante a safra. Logo após a colheita, são dispensados. Isso também deve mudar nos próximos meses”, destaca o titular da Funsat.

Atualmente, a Fundação Municipal realiza levantamento das áreas mais carentes de qualificação para, junto ao TEM, realizar qualificações. “Precisamos promover a qualificação profissional porque o mercado precisa de pessoas que já estejam prontas para trabalhar. Campo Grande, a partir de convênios com a Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia), já gerou mais de 8 mil postos de trabalho, que só vão ser percebidas no momento em que a construção das novas indústrias forem concluídas”, afirma Cleiton Freitas Franco.