Em tempo de crise, trabalhador começa ano desanimado até para procurar emprego

No ano anterior foi observado o dobro do movimento

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

No ano anterior foi observado o dobro do movimento

O ano novo não foi capaz de animar o campo-grandense em busca de emprego. Mesmo com a taxa de pessoas sem ocupação ter atingido nível recorde em dezembro de 2016, 11,9%, o número de pessoas procurando por emprego nos primeiros dias de janeiro na Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) foi bem menor que o observado em janeiro do ano passado.

Nesta segunda-feira (2) primeiro dia útil do mês, 179 pessoas estiveram em busca de vagas na Funsat e nesta terça (3) 166 pessoas haviam sido atendidas até o início da tarde. Apesar de não fornecerem os números do mesmo período do ano passado, a supervisora da fundação Jucimara da Silva afirmou que a quantidade de pessoas no local era bem maior.

“Se hoje (3) fizemos 166 atendimentos posso falar com segurança que em janeiro de 2016 foram 300 ou mais atendimentos. Neste mesmo horário (14h30) a espera estava lotada e precisamos chamar mais funcionários que atendem em outros setores para ajudar, pois não estávamos dando conta”, afirma a supervisora.

Eberson Alves de Arruda, de 28 anos, estava na Funsat para dar entrada no seguro desemprego. Ele trabalhou por 1 ano e 4 meses em uma serralheria e por enquanto não vai procurar vagas. “Vou esperar terminar as parcelas do seguro desemprego”, explica.

Diferentemente pensa Eloisa Carluni de Souza, de 19 anos. Desempregada a apenas 1 semana, ela já conseguiu um encaminhamento para entrevista em um novo emprego. A ex-atendente de call-center vai tentar agora um emprego de balconista. “Estou animada. Já vou fazer uma entrevista e acho que vai dar certo”, comemora.

Há 1 ano desempregada, Ruth Helena Gomes Soares de 31 anos decidiu procurar a Funsat pela primeira vez após ter tentado encontrar emprego enviando currículos através da Internet. “Neste período fui sustentada pelo meu marido. Sempre estava enviando currículos, mas a concorrência estava grande. Espero pegar um encaminhamento e conseguir um emprego o mais rápido possível”, espera.

Marcela Priscila Horácio está desempregada há apenas 2 meses e já obteve 6 encaminhamentos pela Funsat, porém sem nenhuma oferta de emprego. “Sou operadora de caixa e a maioria das vagas para esta função é de supermercados, que precisa trabalhar final de semana e feriado e, muitas vezes à noite. Eu procuro uma vaga em uma loja, farmácia ou livraria, que seja em horário comercial”, pontua.

Conteúdos relacionados